O dia 1º de dezembro marcou o Dia Mundial da Luta contra a Aids, uma pauta infelizmente ainda cercada de preconceito por parte da população devido a desinformação, precisando ainda de desconstrução em torno da temática.
A data foi instituída em 1988 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como forma de conscientizar sobre a prevenção, promover o entendimento humanitário e incentivar a análise sobre a Aids pela sociedade e órgãos públicos.
As atividades desenvolvidas nesse dia foram referendadas pelo Sistema das Nações Unidas, por meio da Assembleia Mundial de Saúde, com apoio dos governos e organizações da sociedade civil de todos os países. Entre as ações estão a divulgação de mensagens de esperança, solidariedade, prevenção e incentivar novos compromissos com a luta.
1º de dezembro trata com foco em programações de reflexão para o alcance maior de pessoas bem informadas sobre a Aids, bem como o controle máximo da transmissão da infecção pelo HIV, de novas medidas de prevenção e também sobre ações do comportamento da população diante da pessoa que vive com HIV e Aids.
No Brasil, dados do Ministério da Saúde mostram que quase 800.0000 casos de Aids foram notificados entre 1980 e 2015, contabilizando mais de 290.000 óbitos. Somente a partir de 2005 que acontece uma diminuição no quantitativo de novos casos e mortalidade, o que se dá devido ao diagnóstico precoce e tratamento.
Entendendo HIV e Aids
Algo ainda muito confundido é a nomenclatura e separação sobre a pessoa ter Aids e ser portador de HIV, muitas vezes sendo tratado como a mesma coisa por algumas pessoas.
HIV, sigla em inglês para Vírus da Imunodeficiência Humana, é o principal causador da Aids. O vírus afeta principalmente o sistema imunológico que defende o organismo de outras doenças, ficando assim suscetível a ataques mesmo que pequenas coisas como, por exemplo, resfriados.
Ser portador do HIV, ou soropositivo, é poder viver anos sem manifestações da doença. Porém, ainda podem transmitir o vírus a outras pessoas por meio das relações sexuais sem a proteção adequada, de mães para filhos durante a gravidez e por compartilhamento de seringas contaminadas ou outros utensilhos de cortes.
Já a pessoa que possui Aids, sigla para Acquired Immunodeficiency Syndrome ou Síndrome da Imunodeficiência Adquirida em português, é a terceira e última fase da infecção causada pelo vírus HIV, que se espalha por meio de fluidos corporais e afeta as células do sistema imunológico.
Essa é a fase que tem mais cuidados devido a gravidade em que o sistema já se encontra por conta da deficiência causada pelo vírus. Em todas as fases o tratamento com medicamentos é essencial para evitar o óbito.
Sintomas mais comuns:
Manifestado logo nos primeiros quinze dias de infecção, a doença muitas vezes é percebida como um resfriado simples e após alguns dias pode apresentar febre persistente, dor nos músculos e articulações, rápida perda de peso, diarréia, náuseas e vômitos por mais de um mês, tosse seca, manchas avermelhadas entre outros.
Formas de se prevenir:
- Sempre utilizar preservativo nas relações sexuais;
- Esterilizar alicates e cortadores de unhas, espátulas e palitos;
- Utilizar seringa e agulhas descartáveis;
- Evitar contato com sangue ou fluidos corporais infectados.
É sempre bom lembrar e frisar que compartilhar talheres, dar beijos no rosto ou na boca, apertos de mãos, abraços e outros contatos corporais superficiais não são fontes de transmissão.
Realizar consultas e exames periodicamente é essencial para controle logo no estágio inicial. Exames rápidos podem ser feitos em UBSs e postos de saúde de forma gratuita, assim como a distribuição de preservativos para o controle da doença.
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