O Papilomavírus Humano, popularmente conhecido como HPV, é uma infecção sexualmente transmissível (IST), causadora de verrugas genitais e lesões que podem desenvolver câncer de colo de útero, de vulva, vagina e ânus.
Atualmente existem cerca de 200 tipos de HPV, em que alguns são mais fortes e preocupantes como: HPV 1, 2, 3, 4, 6, 7, 10 e 11, que causam verrugas; o HPV 16 e 18, os mais causadores de câncer de colo do útero e o HPV 6 e 11, presentes em 90% dos condilomas genitais e papilomas laríngeos.
Todos podem ser prevenidos com a vacina, principalmente os tipos 6, 11, 16 e 18. Aplicada via intramuscular, esta é uma das únicas vacinas existentes contra o câncer que pode estar presente na pele mesmo em pessoas sem sintomas explícitos.
Os principais sintomas do HPV, tanto para homem quanto para mulher, são a presença de verrugas na região íntima: vulva, ânus e colo do útero, além de vermelhidão, ardência e coceira na região.
Vacinação
De acordo com as Sociedades Brasileiras de Pediatria e de Imunizações e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, é recomendável que a vacina contra a HPV seja aplicada preferencialmente em meninas e meninos de 9 a 14 anos de idade. Mulheres de até 45 anos e homens de até 26 anos que não tomaram quando crianças, também devem tomar.
Ela é indicada principalmente nesses primeiros anos porque é essencial que comece antes da vida sexual ativa dos jovens, visto que é a fase de maior transmissão do vírus. No Brasil, são disponibilizadas três tipos de vacinas:
- Vacina bivalente: conhecida como Cervarix, é indicada a partir dos 9 anos e sem limite de idade, protege contra os vírus 16 e 18, os maiores causadores do câncer do colo do útero. Se tomada até aos 14 anos, serão aplicadas duas doses com intervalo de seis meses entre si, enquanto para pessoas acima dos 15 anos, são feitas três doses.
- Vacina quadrivalente: chamada de Gardasil, é indicada entre 9 e 45 anos para as mulheres e entre 9 e 26 anos para homens. Atua na proteção contra os vírus 6, 11, 16 e 18, que são as verrugas genitais, o câncer do colo do útero e o câncer do pênis e ânus. Aplicada em três doses é possível obter proteção a partir da segunda dose em crianças.
- Vacina nonavalente: a Gardasil 9 é administrada em meninos e meninas com idade entre os 9 e 26 anos e atua na proteção contra os subtipos: 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58. Quando aplicada até os 14 anos, são realizadas duas doses, sendo a segunda feita entre 5 e 13 meses após a primeira. Já se for aplicada após os 15 anos, deve-se ser feitas três doses.
Em clínicas particulares, todas as vacinas podem ser encontradas e aplicadas na faixa etária indicada para cada uma. Porém, para que a vacinação obtenha um público grande, o Programa Nacional de Imunizações disponibiliza duas doses da quadrivalente para meninas e meninos entre 9 e 14 anos pelo SUS e em campanhas de vacinação, além de três doses para pessoas de 9 a 26 anos que convivem com o HIV/AIDS, pacientes em tratamento de quimioterapia e transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea.
Quem não pode tomar a vacina
A vacina contra o HPV não deve ser aplicada apenas nos seguintes casos:
- Gravidez, porém a vacinação pode ser feita logo após o nascimento do bebê, conforme orientação do obstetra;
- Quando o indivíduo possui alergia à algum dos componentes da vacina;
- Pessoas com redução no número de plaquetas e problemas de coagulação sanguínea.
- Pessoas que possuem febre ou doença aguda;
- Pessoas com histórico de hipersensibilidade à levedura.
Entre as reações comuns e muito comuns da vacina temos, respectivamente: erupção cutânea semelhante à urticária, coceira, náuseas, vômito, hematoma e febre, além de dor, vermelhidão e inchaço no local da injeção e dor de cabeça.
Mesmo que muitos testes tenham sido realizados antes da comercialização da vacina, é sempre bom lembrar que é essencial usar preservativo durante as relações sexuais, visto que o HPV é transmitido por meio do contato sem proteção adequada.
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