Sofia Lourenço; 13/06/2024 às 15:42

Arqueira indígena amazonense Graziela Santos disputa qualificação final para Jogos Olímpicos de Paris

Graziela Santos, atleta indígena da seleção brasileira de tiro com arco, busca a classificação para os Jogos Olímpicos de Paris no Torneio Final de Qualificação Olímpica, na Turquia.

A arqueira indígena amazonense Graziela Santos é uma das convocadas da seleção brasileira para disputar em grupo o Torneio Final de Qualificação Olímpica, que acontecerá a partir desta quinta-feira, dia 13 de junho, até 17 de junho, em Antália, na Turquia.

Imagem: Divulgação

Na companhia de outras seleções, o Brasil vai em busca da classificação em grupo para as equipes masculina e feminina. Este torneio é a última chance para as equipes se qualificarem para os Jogos.

Após o Torneio Final, Graziela e a delegação brasileira participarão da Copa do Mundo de Arco e Flecha, também na Turquia, entre os dias 18 e 23 de junho.

Filha do povo Karapanã, do interior do Amazonas, Graziela Yaci, cujo nome indígena significa “Lua”, tornou-se a primeira atleta indígena a integrar a seleção brasileira na categoria. Treinando diariamente no Centro de Treinamento de Tiro com Arco em Maricá (RJ), ela almeja ser a primeira mulher indígena a disputar os Jogos Olímpicos.

“Estamos otimistas para essa competição. Sabemos que não será fácil, porém não é impossível. Vamos com toda garra para darmos o nosso melhor e voltar com o dever cumprido e, se Deus quiser, com a conquista histórica da vaga Olímpica por equipes”, destaca a atleta.

Desde 2013, Yaci compete profissionalmente, beneficiada pelo “Projeto de Arquearia Indígena”. Este projeto é coordenado pela Fundação Amazônia Sustentável (FAS) em parceria com a Federação Amazonense de Tiro com Arco (Fatarco), e tem como objetivo valorizar a cultura indígena no Amazonas e promover oportunidades de crescimento e desenvolvimento por meio do esporte.

“Graziela Yaci é uma atleta de excelência que dá voz aos povos indígenas, não só da Amazônia. A sua trajetória é cercada de vários desafios e vitórias. Temos certeza que ela dará o seu melhor em mais uma competição internacional representando nosso país”, enfatiza Rosa dos Anjos, supervisora de Agenda Indígena da FAS.

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