Thaís Andrade; 05/06/2024 às 18:00

Documentário mostra a importância de proteger a nascente do Rio Amazonas

Obra tem por objetivo mostrar a importância de criar uma área de conservação ambiental no berço do Rio Amazonas, localizado no Peru

Na semana em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, sabendo da importância da água como um recurso essencial para a vida do planeta e para chamar a atenção para as mudanças climáticas, a Fundação Amazônia Sustentável (FAS), lança o documentário “Além das fronteiras: Jornada à Nascente do Rio Amazonas” no dia 5 de junho, pelo canal do Youtube, a partir das 17h. O documentário tem por objetivo mostrar a importância de criar uma área de conservação ambiental no berço do Rio Amazonas, no Nevado Mismi, localizado na região de Arequipa, no Peru.  

“Chegar até a nascente do rio Amazonas não é fácil, então o documentário visa mostrar toda essa experiência de chegar à nascente desse rio, que é um dos maiores e mais importantes do planeta. E em paralelo a isso, também queremos mostrar como as mudanças climáticas estão afetando a vida das populações que vivem nos Andes e como é importante tornar a área da nascente uma área protegida. Então, eu espero que ao assistirem esse documentário, as pessoas possam compreender e ver que as mudanças climáticas são reais e que não há mais tempo para o negacionismo, é preciso agir agora, para que possamos ter esperança de um futuro próspero para todas as pessoas”, declara Virgilio Viana, superintendente geral da FAS. 

Expedição Peru (Imagem: Bruna Martins)

A FAS junto com o Serviço Nacional de Áreas Naturais Protegidas (SERNANP) do Governo do Peru, com o apoio da Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (SDSN Amazônia), se mobilizaram para a criação dessa área, no início de janeiro de 2014, quando, em uma expedição, o superintendente geral da FAS, Virgilio Viana, identificou a necessidade da conservação do local e apresentou a proposta ao Ministério do Meio Ambiente do Peru.  

O documentário mostra a área que compreende a nascente do maior rio do mundo, um território que tem 28 mil hectares e se encontra ameaçada pelo processo de derretimento das geleiras causado pelas mudanças climáticas. Segundo dados do Instituto Nacional de Investigación en Glaciares y Ecosistemas de Montaña (INAIGEM), o El Mismi corre o risco de desaparecer em 2027. Nos últimos 50 anos, o monte perdeu 99% de suas reservas glaciais, restando apenas 0,19 quilômetros quadrados. O derretimento das geleiras tem consequências graves para as comunidades locais, como mudanças no regime hídrico das lagoas naturais e riachos, riscos de avalanches e inundações, e a probabilidade de contaminação por produtos químicos presentes na crosta de gelo e montanhas, ameaçando o ecossistema, os sistemas produtivos e a população.  

 

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