Há quase 20 anos a revista Tpm, da Trip Editora, celebra o universo feminino de uma maneira um tanto quanto única. Abrindo o caminho para diversas discussões indispensáveis sobre o que é ser mulher no Brasil em uma época em que quase não se falava disso, ela bateu de frente com os estereótipos de gênero, que tentam enquadrar as mulheres em um padrão. Com ousadia, a Tpm adiantou e endossou o coro da mobilização feminina que tem ocupado as redes sociais nos últimos anos.
Desde o início, a Tpm deixou clara a herança herdada do jeito – único – Trip de fazer conteúdo. Nascida em 2001 com a proposta de refletir sobre os temas do universo feminino com profundidade e irreverência, a revista ganhou notoriedade ao defender temas como a legalização do aborto, a descriminalização das drogas e a igualdade de salários entre homens e mulheres.
“Nós vimos uma pesquisa que mostrava que 25% das pessoas que liam a Trip eram mulheres e elas liam porque não se enxergavam nas outras revistas do mercado. Então, percebemos que podíamos abrir um espaço para falar dos assuntos ligados ao universo feminino e foi aí que nasceu a Tpm”, afirma Ana Paula Wehba, Diretora de Negócios, Projetos Especiais e Eventos da Trip Editora.
Com uma linguagem única e direta, que busca se conectar com mulheres de todas as idades, o propósito da Tpm é construir pontes e não muros. “Nós falamos com todas as mulheres que estejam afim de se encarar de um jeito mais verdadeiro, mais espontâneo. Nós não queremos incomodar ninguém. Nós queremos trazer todo mundo para a conversa. Existe um jeito amoroso de se fazer uma revolução e é esse caminho que nós buscamos: incluir todos na conversa e fazer isso de um jeito mais carinhoso e não através do embate”, continua Ana Paula.
Quando a Tpm estava prestes a completar sua primeira década, lançou o Manifesto Tpm. Escrito na redação da revista com a participação especial de Paulo Lima, Ciã Pinheiro, Fernando Luna, Nina Lemos, Rafaela Ranzani, Denise Gallo e da própria Ana Paula Wehba, ele é destinado àquelas mulheres que querem autonomia sob seus próprios corpos e que não se conformam em ganhar menos do que um homem na mesma função. Nas palavras do próprio Manifesto: “vai contra qualquer tentativa de enquadrar a mulher em um estereótipo, cercar seu desejo e diminuir suas possibilidades”.
Segundo Ana Paula, a partir desse manifesto, a Tpm resolveu expandir as formas de dialogar sobre o universo da mulher e abriu as portas para criar a Casa Tpm. “Nós percebemos que tinha a possibilidade de materializar esse manifesto através de um evento em que pudéssemos trazer mulheres para discutir alguns pontos: que não somos obrigadas a casar, que não somos obrigadas a ser mãe, que não precisamos dar conta de tudo, que não somos obrigadas a nada. Nós somos obrigadas a nos aceitarmos do jeito que somos e sermos felizes”, afirma.
Realizado anualmente, o evento é gratuito e tem a proposta de fortalecer a presença diante do público feminino com dois dias de palestras e talks. Espaço aberto para compartilhar opiniões sobre gênero, sexualidade, desigualdade e privilégios, o encontro também é uma ótima oportunidade para as marcas que visam se aproximar do público feminino e do debate sobre o papel das mulheres.
“As marcas que entram na Casa Tpm têm voz. Nós ajudamos essas marcas a acharem a melhor forma de se conectarem e se comunicarem com o público presente e, depois, distribuir isso para quem não foi e quer ter acesso a esse conteúdo”.
Sobre Ana Paula Wehba
Ana Paula é formada em Publicidade, tem pós-graduação em Comunicação com o Mercado pela ESPM e é especialista em Branded Content e Live Marketing. Trabalha na Trip Editora há mais de 23 anos. Hoje, atua na área de novos negócios, projetos especiais com foco no ambiente digital, conteúdo multiplataforma e eventos.
Imagem não é tudo!
Como devemos reagir a um mundo que insiste em fazer você se sentir infeliz em relação ao seu corpo e sua aparência? A edição 123 da Tpm colocou a cantora paraense Gaby Amarantos empoderada na capa e outras mulheres para comentar sobre.
Sexualidade feminina
Por que a sociedade ainda considera a sexualidade feminina um tabu? A edição 124 foi dedicada ao assunto.
Ela pode
A atriz Juliana Alves estampou a edição 141 da Tpm e falou que sabe que a mulher negra é a mais vulnerável da sociedade.
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