Uma necessidade fisiológica que muitas vezes define nossa saúde e humor, a alimentação está em diversos momentos da nossa vida em que pode tomar um papel de amiga, vilã ou recompensa.
Mais do que um prazer ou tortura degustativa, as restrições ou recompensas exageradas de alimentos podem indicar o que podemos chamar de apenas a ponta de um iceberg muito mais preocupante do que parece.
De acordo com o manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), existem transtornos psiquiátricos que são classificados como transtornos alimentares, algumas vezes sendo os desencadeadores, são eles: anorexia, bulimia e compulsão alimentar, esta última podendo ou não causar obesidade.
Sendo assim, muitas vezes a alimentação fora de controle é causada por pressões emocionais. O que nos leva a falar sobre a pressão estética da sociedade que julga o padrão de beleza como um corpo magro e malhado que é frequentemente reforçado em propagandas e redes sociais.
Com o surgimento e compartilhamento desenfreado de dietas cada vez mais restritivas, muitas vezes fazer uma simples refeição ativa gatilho de culpa e medo e cria uma relação ruim com a comida, a fazendo ocupar um lugar que não deveria ter em nossa vida.
É justamente esse receio em se alimentar que pode causar efeitos péssimos para o corpo e mente. Ao pensar que existem comidas ruins e boas para se alimentar todo dia, a responsabilidade cai para o alimento que em geral depende do contexto em que está inserido e se abstendo de um ponto importante: cada corpo possui um organismo que age diferente dos outros.
Certamente um bolo de chocolate possui mais calorias que uma salada de frutas, mas entre as inúmeras necessidades do ser humano, o afeto e aconchego emocional podem ser supridos, em alguns momentos, com um alimento que remete a um momento feliz e não há nada de mal em se entregar a ele quando é algo controlado.
Porém, da mesma forma que contar todas as calorias e não satisfazer toda a necessidade do corpo é algo ruim, usar a comida como fuga para problemas, estresses ou para munir a ausência de atividades prazerosas também é algo preocupante para a saúde e ambos devem ser tratadas com profissionais adequados.
Se a alimentação influencia em todo o corpo, desde aparência da pele, humor, disposição corporal e condições psicológicas, então é algo com que é preciso estar o máximo possível saudável e é preciso entender, e principalmente atender, as necessidades dele.
Respeite suas necessidades
O corpo sempre emitiu sinais quando precisa de alimento e água, porém, quando se tem uma rotina descontrolada ou agitada é não se atentar a eles e até ignorá-los, o que acaba por fazer a conexão se perder. Também vale lembrar que se cada corpo possui seu próprio sistema, a teoria de que alimentação boa é realizada de três em três horas não se aplica a todos.
É importante honrar o corpo e a fome, da mesma forma que é preciso saber quando a fome é real ou emocional, pois o corpo precisa sim ser alimentado de forma que o mantenha saudável com as vitaminas necessárias e sem excessos que possam causar algum prejuízo.
Mas lembrando que a relação saudável com alimentação vai além de comidas somente proteicas e sim que envolvem também os aspectos afetivos e sociais de que envolta no ato de comer.
Para isso, é sempre bom lembrar da necessidade em buscar um profissional nutricionista para indicar uma dieta equilibrada sem a quebra de prazeres alimentares que despertam a felicidade pelo comer sem culpa por achar que um doce, por exemplo, anulará todo o processo alimentar saudável.
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