Berço da maior sociobiodiversidade do planeta, é da Amazônia que podem nascer soluções para a crise climática. Esta foi a proposta apresentada pela Fundação Amazônia Sustentável (FAS) na primeira parte da IV edição da Conferência Brasileira de Mudança do Clima (CBMC), realizada entre os dias 10 e 11 de junho em Niterói, no Rio de Janeiro. O evento teve participação de organizações do terceiro setor ligadas ao clima e meio ambiente, além de representantes de governos do país. A segunda parte da CBMC está prevista para agosto, em Recife.
Giovana Figueiredo, coordenadora de Políticas Públicas e Cooperação Internacional da FAS, participou do painel de abertura da Conferência, que teve como foco desta edição a construção de propostas de enfrentamento à crise climática, sob a perspectiva do ano eleitoral.
Giovana explicou que o encontro trouxe lições importantes para a FAS. “Todas as discussões e modelos que foram elaborados pelos participantes da conferência são muito valiosos em termos de boas práticas para a realidade que a gente trabalha na Amazônia”.
A coordenadora, representante da Fundação na ocasião, explica que o evento tem se consolidado como uma plataforma multilateral de importante espaço para articulação da agenda climática.
“O papel da FAS na CBMC tem sido conectar os aspectos nacionais e internacionais à realidade local da Amazônia brasileira, trazendo a visão de povos indígenas e comunidades ribeirinhas para a construção de debates e soluções entre os setores público e privado e a sociedade civil”.
PRÓXIMOS PASSOS
Durante o encontro, foram formados grupos de trabalho para construir as propostas que serão apresentadas aos futuros governadores. Entre elas está a implementação da NDC (Contribuição Nacionalmente Determinada) brasileira para atingir as metas de redução de emissões de gases do efeito estufa em compromisso com o Acordo de Paris.
A FAS terá participação ativa nesses grupos da conferência, especialmente com a contribuição de pessoas que trabalham na ponta com ribeirinhos e povos indígenas, que têm papel fundamental na proteção contra as queimadas e o desmatamento.
Sobre os próximos passos, Giovana destaca: “Um dos encaminhamentos para o encontro de Recife é a assinatura de uma carta com propostas a nível subnacional de medidas a serem implementadas por futuros governadores”, explica a coordenadora.
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