Desde sua estreia no início de fevereiro, o documentário O golpista do Tinder vem despertando diversas questões, polêmicas e comentários na internet e em outras mídias. Dirigido por Felicity Morris, a produção conta a história do israelense Shimon Hayut que, por meio de um aplicativo de relacionamento, aplicava golpes e fraudes em mulheres. Os prejuízos às vítimas somam cerca de US$ 10 milhões. 

https://www.youtube.com/watch?v=_LxaB9Wyloo

A produção foi baseada na reportagem do jornal norueguês Verdens Gang, que revelou que Hayut se passava por Simon Leviev, filho de Lev Leviev, um famoso bilionário do ramo de diamantes. Após serem comunicados sobre o suposto “filho”, a família Leviev decidiu processar o estelionatário e pretende usar todo o dinheiro do processo para restituir as vítimas do israelense. 

Alerta spoiler!

O estilo do golpe envolvia um esquema de pirâmide em que Simon se aproximava das mulheres e conquistava a confiança delas exibindo sua vida de luxo. Apaixonadas, as vítimas eram induzidas a tomarem empréstimos e usavam o dinheiro para pagar os cartões de crédito das outras vítimas, montando um esquema parecido com a pirâmide financeira, chegando a girar milhares de dólares.

O esquema veio a público quando uma das vítimas, a norueguesa Cecilie Fjellhoy, revelou ao tabloide VG seu relacionamento com o estelionatário, entregando aos jornalistas quase 500 páginas de trocas de mensagens, fotos, vídeos e áudios com Leviev. A verdadeira identidade do golpista foi descoberta com a ajuda da operadora de cartões de crédito American Express. 

O criminoso foi detido na Grécia e ficou preso em Israel por cinco meses, sendo solto graças a um programa de desocupação de cadeias durante a pandemia. Após a repercussão do documentário, o Tinder afirmou ter banido Hayut/Leviev da plataforma. No Instagram, ele continua se apresentando como Simon Leviev (simonleviev_.official) e ostentando vida de luxo onde exibe presentes que afirma receber de fãs. 

O documentário está disponível na Netflix.