Nos últimos tempos, foram poucas as séries de televisão ou streaming que me cativaram e prenderam a minha atenção, sobretudo o meu coração. Amo assistir novas produções, mas também sou fã de carteirinha de algumas mais velhas – lê-se aqui Friends e How I Met Your Mother. Confesso que as comparações são constantes e inevitáveis. Nenhuma nunca esteve à altura das minhas favoritas.
Quando estava com as possibilidades quase esgotadas, escolhi me abrir a novas descobertas. “Vamos assistir This Is Us. Já ouvi falar muito bem, acho que vale a pena”, disse o meu companheiro de maratonas de todos os fins de semana. E fomos. Minhas expectativas não eram tão altas. Apesar do ótimo elenco, conhecia muito pouco sobre a sinopse, quase nada. Mas que grata surpresa. Logo no primeiro episódio, o drama familiar me desmontou.
Transmitida pela NBC e disponível também no Prime Video, a série conta, a princípio, a história da família Pearson, mesclando passagens entre passado e presente. No episódio piloto, somos apresentados ao casal Rebecca (Mandy Moore) e Jack (Milo Ventimiglia) e aos personagens Kevin (Justin Hartley), Kate (Chrissy Metz) e Randall (Sterling K. Brown), que depois descobrimos serem seus filhos. Mas é bem mais que isso. Quatro dos nossos personagens principais nasceram no mesmo dia: o patriarca e os três filhos. Este fato rege todo enredo e representa um forte elo entre eles.
A cada novos 40 minutos, conhecemos mais informações sobre a vida de cada um deles e das pessoas que estão ao seu lado. Através do contraste entre a vida adulta e a infância, conseguimos entender melhor a profundidade de seus problemas, dores e inseguranças até se tornarem quem são. Aos trinta e poucos anos, Kevin é um belo ator frustrado com a vida em Hollywood; Kate, uma cantora nata, luta contra a obesidade e o vício em comidas; e Randall, apesar de ser um empresário bem-sucedido, sofre com crises de ansiedade e ataques de pânico.
Sempre com muita sensibilidade, empatia e respeito, This Is Us faz você refletir. O grande diferencial da série é que nos vemos retratados em cada um dos personagens e dinâmicas sociais em que estão inseridos. Eles são tão reais quanto nós. É quase impossível passar ao menos um episódio sem derramar algumas lágrimas. Eu, particularmente, preciso de um breve intervalo entre o fim de um e o play para o próximo.
Os personagens não são perfeitos, eles são pessoas como eu, você, como nós. Têm fraquezas, preocupações, vícios. Passam por adversidades e, nem sempre, têm um final feliz. Quando você menos espera, já se vê apegado a cada um deles.
This Is Us está repleta de mensagens sobre amor, empatia e humanidade. O que mais me fascina na série é isto: como, acima de tudo, nos ensina a sermos humanos. Cada episódio é uma aula sobre como ser uma boa pessoa sendo apenas você mesmo. É isso que realmente importa.
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