Thaís Andrade; 07/11/2022 às 14:00

Festival Pan-Amazônico de Cinema será realizado em Belém e terá abertura com o premiado ‘Noites Alienígenas’

Único festival de cinema com recorte pan-amazônico no mundo comemora 15 anos de existência e em 2022 e será realizado de forma totalmente gratuita

Realizado há 15 anos, o AmazôniaFIDOC é o único festival de cinema com recorte pan-amazônico no mundo, e mais do que nunca reforça seu compromisso com a produção audiovisual amazônica e com a pauta socioambiental, com o tema “O cinema de todas as Amazônias na luta pela floresta em pé”. Em 2022, o evento contará com 35 produções nas mostras competitivas e será realizado gratuitamente de 10 a 20 de novembro, em Belém, no Pará.

A Mostra Pan-Amazônia terá 12 curtas e oito longas, com produções dos nove países que compõem a região na América Latina, enquanto a Mostra Amazônia Legal apresentará oito curtas e sete longas-metragens de realizadores brasileiros do território amazônico. Ao todo foram inscritos 848 filmes, entre curtas e longas-metragens de documentários e ficção do Brasil e do exterior. 

A abertura será dia 10 de novembro, com a exibição do filme “Noites Alienígenas”, de Sérgio Carvalho (AC), vencedor do Festival de Gramado deste ano. No mesmo dia, o bairro da Terra Firme recebe ações formativas e exibição de filmes no “Cine Solar”. As mostras competitivas serão realizadas de 11 a 18 de novembro, das 17h30 às 22h30, e todas as sessões serão no Cinema Líbero Luxardo, com entrada gratuita.

Em parceria com o Festival Se Rasgum, de forma inédita, o festival abre espaço também para a categoria de videoclipes, com a inserção de uma mostra competitiva com obras de 14 artistas exibidas no Pier das 11 Janelas. 

Nos dias 19 e 20 será realizada a Ocupação Cinema da Amazônia, na Fundação Cultural do Pará, em parceria com o Circuito Jambu – Portal Jambu, com shows de artistas paraenses e ainda o Cine Curumim, com uma programação dedicada ao público infantil. 

De acordo com Zienhe Castro, diretora do evento, para esta oitava edição há uma diversidade também nos olhares, com a seleção de realizadores distintos.

“Há filmes com olhares femininos, dirigidos por mulheres, inclusive mulheres trans; outros com a sensibilidade da autoria indígena, o que mostra o protagonismo dos povos tradicionais em narrarem as suas próprias histórias”, destaca. “Além disso, num momento de retomada da produção, o cinema amazônico mostra sua força e sua maturidade, um senso de compromisso com a floresta em pé – uma bandeira internacional e nosso tema neste ano”, aponta. 

As produções concorrem, em cada categoria, a melhor filme pelo critério do júri, melhor filme pelo voto popular e um prêmio de Honra ao Mérito para ambas as categorias, de acordo com o Júri Oficial, que será divulgado em breve.

O corpo de curadores para escolha dos filmes é composto por profissionais com ampla atuação na área de cinema e audiovisual no Brasil. Para análise dos curtas-metragens, o festival contou com Carol Abreu, Manoel Leite, Lorenna Montenegro e Felipe Pamplona. Já para os longas-metragens, os curadores foram Zienhe Castro (idealizadora e diretora-geral do Festival), Flavia Guerra, Letícia Simões e Marco Antônio Moreira.

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