Isabella Botelho; 16/07/2021 às 09:00

Estreia do espetáculo “Se eu fosse um rato” retoma parceria entre artistas de Manaus e Fortaleza

Estreia virtual está marcada para domingo 18, com transmissão gratuita

Retomando a parceria com o dramaturgo cearense Marcos Miramar, o espetáculo Se eu fosse um rato, produzido e atuado pelo ator amazonense Ítalo Rui, tem estreia virtual marcada para o domingo, 18, às 18h, no horário de Manaus, e 19h em Brasília. O solo, que terá exibição gratuita, é inspirado em uma situação real e bastante inusitada que aconteceu na cidade de Bensheim na Alemanha e traz à cena a vida de um homem chamado Alaor, cuja vida vira de cabeça para baixo após o resgate de um rato.

Foto: Tadeu Rocha

“O ponto de partida para a dramaturgia foi o resgate de uma rata que ficou presa em uma tampa de esgoto em uma cidade na Alemanha. Quando eu vi a matéria em 2019, fiquei impressionado com aquela história e fiquei pensando que isso dava mote para muitas interpretações. Imagina só sete homens do corpo de bombeiros de uma cidade salvarem um rato porque a população pediu? Isso seria inimaginável no Brasil. Pensando nisso, convidei o Marcos para escrever um texto, tendo esse resgate como ponto de partida”, relata Ítalo.

A montagem do espetáculo, que tem direção assinada pelo artista Gleidstone Melo, é uma realização do Projeto Pontes Móveis, contemplado no edital Conexões Culturais 2019, da Prefeitura de Manaus, por meio da Manauscult. O projeto, além de prever a montagem do solo, realizou dois laboratórios de criação com artistas locais, um sobre dramaturgia, com o dramaturgo Marcos Miramar, e outro sobre atuação, com o idealizador do Pontes Móveis, Ítalo Rui. A última etapa do projeto é a estreia do solo, de modo virtual. O link de acesso ao espetáculo estará disponível no perfil oficial do projeto no Instagram @pontesmoveisprojeto. Após a exibição, haverá um bate-papo entre os artistas criadores e público.

Para o diretor, houve vários desafios no decorrer da montagem, mas destaca dois em específico, que seriam as pausas durante a realização da montagem da obra, por conta da pandemia, e a dramaturgia. A montagem, que teve início em novembro de 2020, só ficou pronta em meados de junho de 2021. “A dramaturgia não me trouxe tantas imagens assim, então veio meio papel de direção para buscar preencher essas lacunas. Nesse sentido, foi meio difícil”, relata Melo.

Mesmo apontando esses desafios, Gleidstone reforça que a obra não se limitou a retratar a mesma situação que aconteceu na cidade alemã, ponto de partida para todo o espetáculo. “Obviamente que nós pegamos algumas referências do rato para a construção do personagem, mas a situação em si é um ponto de partida”, finaliza.

Se eu fosse um rato traz à cena várias camadas de discussão. “O que nós pensamos é que o rato vive em estado de ansiedade o tempo todo. Ele precisa estar atento a tudo, aos perigos que o circundam, à sua sobrevivência, à garantia da sua linhagem, enfim. É como se ele não tivesse paz e não conseguisse relaxar em momento nenhum. Esse estado ansioso, essa ansiedade ratesca, de certa forma, está presente em nossas vidas também, e com essa pandemia, fomos colocados à prova inúmeras vezes. Então, achamos interessante trabalhar com essa metáfora na cena”, relata Ítalo.

Contam ainda na equipe de criação os artistas Frank Kitzinger, responsável pelo cenário e figurino, Isabela Catão, como preparadora de elenco, Daniel Braz, que assina a criação da iluminação, Elson Arcos, compondo a trilha sonora, além de Berteson Amorim, preparador vocal. A captação de imagens são das artistas Mikaela Raíncham, Larissa Martins e Julia Kahane, que também assina a edição e montagem da filmagem. Lu Maya esteve na assistência de produção e as fotografias são de Tadeu Rocha.

Ficha Técnica

Dramaturgia: Marcos Miramar

Direção: Gleidstone Melo

Elenco: Ítalo Rui

Preparação de ator: Isabela Catão

Cenário, figurino e adereços de cena: Frank Kitzinger

Iluminação: Daniel Braz

Trilha sonora original: Elson Arcos

Preparação vocal: Bertheson Amorim

Produção e edição de vídeos: Gleidstone Melo

Edição de imagem: Julia Kahane

Captação de imagem: Julia Kahane, Larissa Martins e Mika Raícham

Produção Geral: Ítalo Rui

Assistência de Produção: Lu Maya

Fotografia: Tadeu Rocha

Apoio: Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Amazonas, Grupo Garagem, Nupramta, Casa Passarinho, Casa de Artes Trilhares

Realização: Projeto Pontes Móveis

Fonte: Assessoria

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