Na última sexta-feira, 23, o artista amazonense Hannon Benigno, o Ranura de La Selva, lançou seu mais novo single. Intitulada All Is Green, que também dá nome ao seu primeiro EP, a canção foi produzida a partir de uma composição blues na guitarra e mostra sua veia compositora criando letras, riffs, melodias e batidas que se conectam com o público e mostram um ponto de encontro entre o blues e o house de forma única.
Em entrevista ao Mercadizar, Ranura de La Selva compartilhou um pouco sobre a produção da música e do videoclipe. De acordo com ele, o nome do single veio da vontade de representar o verde que nos cerca e também de uma experiência pessoal do artista – por causa dos olhos verdes de uma garota veio o refrão. O relacionamento não foi para frente, mas a música ficou e estava muito boa.
Apesar disso, ele explica que All Is Green pode ter diversas interpretações, indo além da desilusão amorosa em si. “Ela cai perfeitamente na temática da natureza por exemplo, porque é verde também. A letra e o som também são bem abertos a várias interpretações, então caiu bem no gosto do público”, explica.
O videoclipe, produzido em parceria com a Tela Agência de Conteúdo e inteiramente gravado num celular Iphone XR usando a capacidade da câmera em resolução 4k representa justamente as diversas brechas de interpretações que há na música All Is Green. Como primeira premissa podemos interpretar o lado da moça dos olhos verdes, que domina o artista com um sentimento avassalador, tomando conta do que ele é e de tudo ao seu redor, e mesmo que um dia acabe ele ainda deixa marcas, simbolizando as experiências que os relacionamentos deixam.
Outra intencionalidade já vem do entendimento de que o verde é algo muito presente na vida do Ranura de la Selva quanto do DJ da cena amazonense. A proposta é mostrar a cor de uma forma diferente, que não seja somente a representação usual da Amazônia.
Assista ao videoclipe:
Conheça o Ranura de La Selva
Em entrevista ao Mercadizar, Hannon Benigno, o Ranura de La Selva, produtor, DJ e músico amazonense, contou que interessa pela música desde os 13 anos de idade, quando aprendeu a tocar violão e guitarra. A partir de então, começou a tocar blues e rock com bandas do cenário musical regional. Aos 24 anos, começou a produzir música eletrônica que, até então, não lhe despertava tanto interesse assim. Mas, afinal, como um rockeiro virou produtor de eletrônica? Ele explica:
“Quando eu tocava com bandas, não gostava muito de eletrônica, não era algo que me interessava. Comecei a escutar através de colegas da faculdade, achava algumas músicas legais, mas ainda não tinha interesse. Eu comecei a gostar não foi nem de escutar, mas sim de fazer música eletrônica através de programas. Eu vi que dava para construir muitos sons, podia utilizar instrumentos virtuais, as possibilidades são infinitas… Você pode pegar a sua voz ou o latido de um cachorro, gravar e fazer uma música. Isso me encantou e eu passei a escutar música eletrônica porque gostei do modo como se produz”.
Hoje, Hannon se dedica totalmente ao projeto Ranura de La Selva. “O Ranura de La Selva traz toda a minha bagagem musical, desde quando eu tocava em bandas. Eu uso desde rock, blues, jazz, funk, soul e música brasileira para fazer a eletrônica, tento dar um toque a mais. Eu também uso uma guitarra, que é o instrumento com o qual me expresso melhor, para as minhas produções e para tocar ao vivo”.
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