Thaís Andrade; 02/04/2024 às 15:59

Companhia Soufflé de Bodó apresenta segunda temporada da peça teatral ‘Cê Virou Planta’

Em parceria com Coletivo Nupramta, o espetáculo fica em cartaz no Ateliê 23 nos dias 7, 13, 20 e 27 de abril

No próximo domingo, 7 de abril, às 19h, a Soufflé de Bodó, em parceria com o Coletivo Núcleo de Práticas Meditativas no Treinamento do Artista (Nupramta), abre a programação da segunda temporada de “Cê Virou Planta”, no Ateliê 23 (Rua Tapajós, 166, Centro). O espetáculo segue em cartaz nos dias 13, 20 e 27 de abril, às 20h, com ingressos a R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada), disponíveis na bilheteria uma hora antes da apresentação. A classificação indicativa é de 16 anos. 

A peça, dirigida por Francis Madson e Vanja Poty, conta com 50 minutos de duração e percorre o processo do luto em dois atos, mostrando as fases da despedida por meio de linguagens como dramaturgia, música e elementos cênicos.

“A produção conta a história do luto de um filho que perdeu a mãe e propõe um debate sobre a importância de enfrentar a jornada do adeus com dignidade e respeito”, afirma Francis Madson. “O espetáculo compartilha uma experiência pessoal para que o espectador perceba que devemos passar por esse momento considerando a dor como um processo necessário”.

Fotos: Hamyle Nobre

Vanja Poty destaca que o luto é independente da origem, é uma vivência que conecta a todos, atravessado por noções de classe, gênero, ancestralidade e poder.

“‘Cê Virou Planta’ busca sensibilizar o público sobre o momento da despedida, seja aquele que já viveu o luto ou não”, comenta a diretora.

No monólogo, Francis Madson também interage com a plateia e serve café enquanto lembra situações que viveu ao lado da mãe. 

Trilha sonora

Os instrumentistas Diogo Navia e Samir Torres assinam a trilha sonora e dividem o palco com Francis Madson em dois momentos.

“Apostamos na criação das quatro músicas do espetáculo a partir do improviso e experimentação em cena. A proposta está em diálogo e numa escuta bem ativa com o performer”, explica Diogo Navia.

Fotos: Hamyle Nobre

 

Os músicos são parceiros em projetos como a banda Casa de Caba, no entanto, segundo Diogo Navia, é a primeira vez que atuam juntos no teatro. 

“Foi trocando essas experiências, com ele trazendo a bagagem da música popular e eu da música de concerto, por onde eu caminhei mais tempo, que construímos essas sonoridades”, pontua o instrumentista.

Produção

Na ficha técnica, a direção de movimento é de Adriana Goes, produção e operação de luz de Denis Carvalho, com Cleide Reis como costureira, Meire Marques como artesã, Paulo Martins como estagiário de direção, designer gráfico de Thaís Vasconcelos, marcenaria de Juca Di Souza, vídeos de Marcos Efraim, fotografia de Hamyle Nobre, identidade visual de Eric Lima, Victor Kaleb no desenho de som em off e Manuella Barros na comunicação.

Fotos: Hamyle Nobre

Parceria

“Cê Virou Planta” compõe experimentações artísticas do projeto “Brasa”, lançado com a série “Manda Brasa”, disponível no Youtube. A primeira parte da obra audiovisual apresenta entrevistas com artistas como Andira Angeli, Elisa Maia e Karol Medeiros.

A iniciativa marca um encontro inédito entre dois grupos de intensas atividades para a cocriação e investigação das noções de brasilidade e decolonialidade na cena. 

O projeto tem o apoio da Prefeitura de Manaus, por meio da Fundação Municipal de Cultura, Eventos e Turismo (Manauscult), através do prêmio Thiago de Mello, e do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa.

 

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