Thaís Andrade; 01/03/2023 às 17:00

C6 Fest: conheça as atrações confirmadas para o line-up do festival

Evento acontece em São Paulo e no Rio de Janeiro em maio; venda de ingressos começa neste domingo, 5

Com mais de duas dezenas de atrações – a maior parte delas inédita em palcos brasileiros –, o C6 Fest estreia neste ano no calendário cultural do país oferecendo ao público uma programação diversa e multigeracional. Fruto de uma parceria entre o C6 Bank e a Dueto Produções, o novo festival reunirá nomes consagrados e revelações da música mundial, provenientes de dez países e quatro continentes, em gêneros que vão do jazz ao rock, do soul à música eletrônica, e da MPB à world music. Tudo isso em quatro espaços e instalações distribuídos dentro do Parque Ibirapuera, um dos pontos mais emblemáticos da capital paulista, nos dias 19, 20 e 21 de maio. O Rio de Janeiro receberá uma versão compacta do festival entre 18 e 20 de maio, no Vivo Rio.

O elenco traz vencedores de inúmeros prêmios Grammy nos últimos anos, como a banda The War on Drugs; o cantor, compositor e instrumentista norte-americano Jon Batiste, que levou cinco troféus em 2022; e sua conterrânea Samara Joy, eleita cantora revelação e melhor voz de jazz na cerimônia deste ano. Também são destaques do line-up Arlo Parks, Black Country New Road, Blick Bassy, Caetano Veloso, Christine and the Queens, Dry Cleaning, Kraftwerk, Underworld, Weyes Blood e Xênia França, entre muitos outros, bem como shows temáticos criados especialmente para o evento. Confira o line-up completo:

C6 Fest em São Paulo

Sexta, 19 de maio

Tenda Heineken

17h00 – Xênia França

18h05 – Dry Cleaning

19h25 – Arlo Parks

20h45 – Christine and the Queens

 

Auditório Ibirapuera (Plateia Interna)

20h00 – Tributo a Zuza

21h00 – Nubya Garcia

22h00 – Julian Lage

23h00 – Tigran Hamasyan

 

Pacubra (Subsolo)

22h00 – Disco Tehran

0h00 – Gop Tun DJs

 

Sábado, 20 de maio

Tenda Heineken

17h00 – Blick Bassy

18h00 – Russo Passapusso & Nômade Orquestra com BNegão e Kaê Guajajara

19h00 – Mdou Moctar

20h30 – Jon Batiste

 

Auditório Ibirapuera (Plateia Externa)

18h00 – Model 500

19h20 – Kraftwerk

20h55 – Underworld

 

Pacubra (Subsolo)

20h00 – Feminine Hi-Fi

22h00 – Festa Luna

0h00 – Pista Quente

 

Domingo, 21 de maio

Tenda Heineken

18h00 – Black Country, New Road

19h10 – Weyes Blood

20h40 – The War on Drugs

 

Auditório Ibirapuera (Plateia Interna)

21h00 – Samara Joy

22h15 – Domi & JD Beck

23h30 – The Comet is Coming

 

Auditório Ibirapuera (Plateia Externa)

16h00 – 1973

17h05 – Tim Bernardes canta Gal Costa

18h15 – Caetano Veloso

 

Pacubra (Subsolo)

20h00 – Cremosa Vinil

22h00 – Selvagem

0h00 – Deekapz

 

C6 Fest no Rio de Janeiro

Quinta, 18 de maio 

21h00 – Kraftwerk

22h30 – Underworld

 

Sexta, 19 de maio  

20h00 – Domi & JD Beck

21h10 – Samara Joy

22h25 – Jon Batiste

 

Sábado, 20 de maio 

19h00 – Terno Rei

20h15 – Black Country, New Road

21h45 – The War on Drugs

 

Detalhes sobre as atrações

O multipremiado cantor e compositor Jon Batiste, vencedor de cinco prêmios Grammy em 2022, incluindo o de melhor álbum, além do Oscar e Globo de Ouro de melhor trilha sonora original pelo longa-metragem “Soul”, estreia em solo brasileiro com a sonoridade herdada da tradição cultural de Nova Orleans. Com 22 anos de idade, a cantora e poeta inglesa Arlo Parks desembarca no país logo antes da turnê de seu ainda inédito álbum “My Soft Machine”, o segundo de sua carreira, com lançamento previsto para o dia 26 de maio.

Expoentes da música africana, o camaronês Blick Bassy traz a sonoridade moldada pela fusão da cultura bassa com referências de soul e blues, e o nigerense Mdou Moctar, conhecido como “Hendrix do Saara”, apresenta o gênero batizado de “blues do deserto”, que promove a interseção entre a cultura tuaregue e o pop contemporâneo.

O novo indie é representado no C6 Fest pelas incensadas bandas britânicas Black Country, New Road e Dry Cleaning, ambas adeptas do canto falado; pela musa da cena contemporânea, Weyes Blood, com sua música experimental e psicodélica; e pelo rock norte-americano do já renomado The War on Drugs. Comandado pelo cantor transsexual Chris, o grupo francês Christine and the Queens apresenta um som que faz a ponte entre o indie e o pop.

A programação traz três pioneiros da música eletrônica. Formada em 1970, a banda alemã Kraftwerk, nome mais influente do gênero, faz a estreia mundial de sua nova turnê no C6 Fest; os galeses do Underworld, revolucionários da cena britânica no final dos anos 1980, tocam suas composições atmosféricas e progressivas; e o Model 500, capitaneado pelo norte-americano Juan Atkins, mostra no festival o som que deu origem ao “techno”, termo criado por ele.

Na mesma linha dos festivais anteriores produzidos pela Dueto, o jazz e suas diversas vertentes ocupam uma fatia considerável do line-up. O programa é encabeçado pela jovem cantora nova-iorquina Samara Joy. Com 23 anos e já considerada uma das grandes vozes do gênero, conquistou dois prêmios na última edição do Grammy, nas categorias Revelação e Álbum de Jazz Vocal.

O trio inglês The Comet is Coming, liderado pelo saxofonista Shabaka Hutchings, leva ao palco sua fusão de jazz, funk e eletrônica, enquanto a sua conterrânea Nubya Garcia, também no sax, apresenta sua versão do estilo que mistura influências de Sonny Rollins e John Coltrane com o dub e ritmos latino-americanos. 

Sensação da internet, o jovem duo Domi & JD Beck, tecladista francesa e baterista americano, respectivamente, ratifica no festival por que são considerados dois prodígios do jazz rock progressivo.  Evidência de que a música atravessa qualquer fronteira, o pianista armênio Tigran Hamasyan promove com o seu trio um diálogo entre a tradição e o folclore do leste europeu com sonoridades contemporâneas, do jazz ao heavy metal. Improvisador nato e conhecido pela coragem de misturar estilos, tempos, tonalidades e texturas que transitam entre o jazz, a música clássica e o pop, o guitarrista californiano Julian Lage completa a programação dedicada ao gênero.

Os shows temáticos, uma das marcas da primeira edição do C6 Fest, foram criados pela curadoria exclusivamente para homenagear a música brasileira no festival. No tributo a Zuza Homem de Mello, a Orquestra Ouro Negro convidará ao palco Fabiana Cozza, Gabriel Grossi e Mônica Salmaso para um repertório de canções de Moacir Santos, um dos compositores mais admirados pelo musicólogo, reconhecido ao longo da vida como um dos mais relevantes jornalistas do gênero no país.

O ano de 1973 foi histórico para a produção fonográfica brasileira, vide os álbuns “Araçá Azul”, de Caetano Veloso; “Todos os Olhos”, de Tom Zé; “Nervos de Aço”, de Paulinho da Viola; “Pérola Negra”, de Luiz Melodia; “Krig Ha Bandolo”, de Raul Seixas; e o álbum de estreia do Secos & Molhados, entre outros. Para celebrar o cinquentenário dos lançamentos, o festival montou um projeto liderado por Kiko Dinucci e Juçara Marçal, que convidam ao palco Arnaldo Antunes, Tulipa Ruiz, Linn da Quebrada, Jadsa e Giovani Cidreira para interpretarem um roteiro que amarra conceitualmente todos esses trabalhos.

Compositor e vocalista da banda O Terno, o multi-instrumentista Tim Bernardes homenageia a trajetória de Gal Costa com um show dedicado inteiramente ao seu repertório. O paulistano participou do último disco lançado por ela (“Nenhuma Dor”), na faixa “Baby”, e também de sua última apresentação, em setembro de 2022, dois meses antes da morte da cantora.

Na vanguarda da música brasileira, a cantora e compositora baiana Xênia França faz um tributo aos sons da diáspora negra, numa fusão de soul, jazz, samba e R&B, e o grupo Terno Rei apresenta no Rio de Janeiro a turnê de seu disco mais recente, “Gêmeos”, de 2022, que teve ótima repercussão da crítica especializada.

O cantor Russo Passapusso (Baiana System) e a Big Band Nômade Orquestra, projeto criado no ABC paulista há mais de dez anos, convidam o cantor BNegão (Planet Hemp e Seletores de Frequência) e a cantora Kaê Guajajara para um repertório que mistura jazz, funk e rock, marca registrada do som do grupo.

E a programação nacional se consolida na voz de um dos mais importantes cantores e compositores da história da MPB. Aos 80 anos e com quase 60 de carreira, o sempre relevante Caetano Veloso leva ao festival o show de “Meu Coco”, seu último álbum, o 30º de estúdio de sua trajetória.

O C6 Fest resgata também o espaço comum a todos os palcos, o histórico Village, e celebra uma parceria inédita com o Grupo Tokyo, que assina uma curadoria de DJs para o festival: Disco Tehran, Gop Tun Djs, Pista Quente, Festa Luna, Feminine Hi-Fi, Selvagem, Deekapz e Cremosa Vinil.

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