A Secretaria de Estado de Cultura (Secult) iniciou nesta quarta-feira (13), o “Preamar da Consciência Negra”, uma programação especial em alusão ao Dia Nacional de Zumbi dos Palmares e da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro e, pela primeira vez, instituído como feriado nacional. O evento busca promover a reflexão sobre o combate ao racismo e valorizar a cultura negra, destacando suas contribuições para a identidade cultural do Pará. As atividades são gratuitas e espalham-se por diversos espaços, abrangendo exposições, palestras, oficinas e apresentações culturais.
A abertura ocorre no Arquivo Público do Pará (Apep), com a exposição “Festas, devoções e celebrações negras nos documentos do Arquivo Público”. A mostra reúne documentos históricos que evidenciam a relevância das matrizes africanas para a formação cultural de Belém e estará disponível até 13 de dezembro.
No dia 21, o Apep também sedia uma palestra com a professora Robervânia Sá e alunas do IFPA, que discutirão a literatura baseada em vivências de mulheres negras no Grão-Pará entre os séculos XVII e XIX. Em seguida, o professor Agenor Sarraf abordará a influência africana na história do Marajó.
Já no dia 22, o Arquivo realizará uma aula aberta sobre festas, devoções e celebrações negras, ministrada pelos professores André Lima, Augusto Ó de Almeida, Leonardo Torii e Marcos Almeida.
Paralelamente, a Estação Cultural de Icoaraci dará início às celebrações com o evento “UBUNTU – Sou o que sou, porque somos todos nós”, promovido pelo Coletivo Nzinga Cultura Afro nos dias 15 e 16. O público poderá participar de oficinas de capoeira, danças afro e carimbó, enquanto no dia 17 haverá o lançamento da escola de capoeira “Balanço de Dendê”, com atividades culturais e uma palestra sobre os benefícios da capoeira para a saúde mental. No dia 29, a Estação apresenta uma série de performances, incluindo o show “Da África à Amazônia”, que explora a herança africana na cultura paraense.
No Forte do Presépio, ocorrerá o lançamento do livro “Educação, Raça e Trabalho: perfil e trajetória dos aprendizes do Instituto Paraense de Educandos Artífices (1872-1905)”, da autora Raissa Costa, no dia 22. Esta obra faz parte da Coleção Afro-Amazônica, que celebra uma década de pesquisas sobre escravidão e abolicionismo na Amazônia.
Ainda dentro da programação, a Capela do Museu do Estado do Pará (MEP) inaugura a exposição “Identidade e Representação” no dia 19, que convida à reflexão sobre a presença negra nas artes visuais do Pará. Esta exposição ficará aberta até 6 de dezembro.
No próprio feriado, 20 de novembro, a Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz (OSTP) e o Coro Carlos Gomes apresentam a “Missa Cubana”, em parceria com a Secretaria de Igualdade Racial e Direitos Humanos e a Fundação Carlos Gomes. E para fechar o mês, no dia 26, o Theatro da Paz realiza o Sarau Chuva de Poesia, em homenagem ao poeta Bruno de Menezes.
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