A 12ª edição do Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte (FIQ BH) aconteceu entre 22 e 26 de maio e foi marcada pela presença de diversos quadrinistas da região Norte. Considerado o maior evento de HQs da América Latina, o evento recebeu mais de 20 artistas nortistas entre os participantes.
Com a quantidade recorde de artistas da região, o FIQ BH rendeu aos autores visibilidade e a chance de compartilhar a cultura local a partir das produções em formato de quadrinhos. Os nortistas estavam presentes em estandes, mesas, debates e oficinas.
O estande Quadrinhos da Amazônia, por exemplo, foi um espaço colaborativo que reuniu obras de mais de dez artistas de estados como Amazonas, Pará, Amapá e Roraima. O espaço apresentou aos visitantes do evento uma amostra da produção local de quadrinhos.
Lançamentos
O FIQ BH foi palco para lançamentos de diversos quadrinhos nortistas. O paraense Pongo Comics lançou “Muleques Desguiados” e “Bar da Laura”; Thai Rodrigues apresentou “Marabaixo pra gente dançar” abordando a cultura amapaense; o Coletivo Ap Quadrinhos lançou “Causos do Meio do Mundo: Tempo”; Gyselle Kolwalsk estreou “Amores Impressos”; Ray Cardoso e Luiz Andrade mostraram ao público “Mini Mandapizza vol. 1”; Karipola lançou “Quase Tudo São Flores”.
Além desses títulos, a dupla de quadrinistas Tai e Nil lançou “Onde Habita o Medo” que continua com a campanha de financiamento coletivo no Catarse aberta. E os autores de “Maramunhã Na Terra do Waraná” também lançaram a campanha do Catarse para a HQ que pode ser acessada por meio do link.
A importância do Norte presente
O potencial criativo da região Norte está presente tanto na produção de quadrinhos, quanto em diversos outros formatos artísticos pouco reconhecidos e valorizados em outras regiões brasileiras.
A maior região do país é plural e possui sotaques próprios, culinárias únicas, culturas indígenas e ribeirinhas, saberes tradicionais, e uma lista muito longa de características que fazem o repertório cultural do Norte ser rico e extenso.
Fortalecer a identidade local – sem estereótipos e racismos comumente associados – é o que os artistas nortistas presentes no FIQ BH fazem com obras nas quais a protagonista é a influência regional em suas vivências e formas de expressão.
Compartilhar a cultura nortista tem seus desafios. Estar presente em eventos criativos nacionais é de extrema importância para a produção e visibilidade de artistas e obras da região.
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