Tuane Silva; 09/12/2022 às 11:00

Teste da orelhinha marca primeiro acesso a exame auditivo em município com maior população indígena do país

Avaliação de saúde auditiva é fruto de ação social de médicos da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial

O teste da orelhinha avalia a saúde auditiva e detecta possíveis problemas congênitos do recém-nascido. O exame, que faz parte da triagem neonatal, agora está disponível em São Gabriel da Cachoeira por meio da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) que, em outubro, doou um sistema completo para detecção de problemas auditivos ao município com a maior população indígena do país. 

Foto: Divulgação

O presidente da ABORL-CCF, Renato Roithmann, explica que a atuação fez parte da SuperAção na Amazônia, uma iniciativa que integra o projeto “Meu Otorrino é 10, ele trabalha pelas causas sociais”, idealizado pela ABORL-CCF e executado em parceria com a Representação no Brasil da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). A edição do Amazonas contou com apoio da Associação Expedicionários da Saúde (EDS) e da Santa Casa de São Paulo.

“Muito feliz em ver o vídeo da paciente número um. A missão inicial da nossa entidade foi cumprida, um trabalho que envolveu várias etapas e pessoas fundamentais. A primeira foi marcada pela entrega dos equipamentos e a capacitação de professores do ensino fundamental e médicos da atenção primária de São Gabriel da Cachoeira. A segunda abrangeu o aperfeiçoamento do fonoaudiólogo local, que ficou três semanas na Santa Casa de São Paulo e vai realizar monitoramento mensal por videoconferência. E a terceira é a que estamos iniciando, realizando os exames na cidade”, explicou.

Entre os exames que serão oferecidos está a audiometria, que analisa a capacidade de audição e decifragem dos sons, detectando possíveis deficiências ou distúrbios. O exame preventivo é indicado para triagem auditiva em berçários, crianças em fase de pré-alfabetização e em várias situações de risco para a audição, como ambientes de trabalho ruidosos, e para pacientes em uso de medicamentos com potencial tóxico sobre o ouvido, órgãos ou nervos responsáveis pela audição.

Todo o trabalho auxilia a obter diagnósticos que impactam na qualidade de vida, a exemplo da deficiência auditiva, que, se não for identificada e tratada, pode impactar negativamente nas relações sociais e familiares.

“Um de nossos pressupostos como associação é desenvolver ações que promovam a melhoria da saúde da população. Fazemos isso muito bem com campanhas de orientação e atendimento em nossos consultórios e universidades. Este ano demos um passo a mais com vários projetos sociais, entre eles a SuperAção na Amazônia. Além da importância social e da ajuda que pode levar às pessoas, isso traz outro foco para a ABORL-CCF, muito importante em um país como o nosso, especialmente nos tempos em que vivemos”, finaliza Roithmann.

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