Ailton Krenak se tornou o primeiro indígena a ocupar cadeira da Academia Brasileira de Letras (ABL). O ambientalista, escritor, ativista e liderança indígena ocupará a cadeira número 5 da instituição, que antes era ocupada por José Murilo de Carvalho, falecido em agosto.
No mundo literário, Krenak é autor de obras como “O Amanhã não está à venda”, “Ideias para adiar o fim do mundo” e “A vida não é útil”, que abordam áreas como meio ambiente, sociedade, povos originários brasileiros, entre outros.
A eleição para a ocupação da cadeira na Academia Brasileira de Letras, agora ocupada por Krenak, aconteceu na quinta-feira, 5 de outubro. O escritor recebeu 23 votos.
Em anúncio feito nas redes sociais da ABL, a instituição afirma que “Ailton Krenak é escritor de renome e figura central no movimento literário indígena do país. Sua voz é fundamental para o cenário atual, pois é elo entre a rica herança cultural e histórica dos povos originários e a literatura nacional. Esta eleição é um marco na ABL, que reafirma o seu compromisso em promover a diversidade e a inclusão na instituição e na literatura brasileira.”
Nesta eleição, concorreram ainda: Mary Lucy Murray Del Priore, Raquel Naveira, Antônio Hélio da Silva, J. M. Monteirás, Chirles Oliveira Santos, Daniel Munduruku, José Cesar Castro Alves Ferreira, Gabriel Nascentes, Ney Robinson Suassuna, Denilson Marques da Silva, José Ricardo dos Santos Rodrigues, Martinho Ramalho de Melo, Luiz Coronel e Maria Madalena Eleutério de Barros Lima.
Nascido em 1953, em Itabirinha, Minas Gerais, Ailton Alves Lacerda Krenak faz parte da etnia Krenak, e atualmente mora na Reserva Indígena Krenak, em Resplendor (MG).
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