Patrícia Patrocínio; 22/12/2020 às 10:25

Conheça os projetos do Hip Hop AM que agitaram a cena local neste último final de semana

“Colorindo minha Kebrada”, QRTN Soul Quebrada e Ocupa Hip Hop no Vila Vagalume foram os eventos que agitaram a cena neste último final de semana

Esse final de semana foi agitado para a cena local do Hip Hop, no último domingo, 20, foram realizados três eventos voltados para os elementos da cultura. Contemplados pelo Edital de Conexões Culturais – Lei Aldir Blanc, conheça os projetos movimentaram o cenário do Hip Hop AM:

1.“Colorindo Minha Kebrada”

Ativo desde 2010, neste último domingo, 20, foi a sua sexta edição, e por meio da intervenção artística de 40 artistas visuais e apresentações musicais, o projeto  integrou a arte junto à comunidade, revitalizando as fachadas das residências do bairro da Redenção, zona Centro-Oeste de Manaus, com a diversidade de estilos, talento e sensibilidade de cada artista presente no evento. A iniciativa também contou com o apoio do Coletivo de Produção e Articulação Cultural Independente Orígenas que produz eventos como o “Hip Hop – A Parada Final – Integração” (2019) e o Projeto de Restauração Ecológica e Urbanização Sustentável da Amazônia (REUSA) que atua no bairro da Redenção estimulando a geração de renda sustentável, capacitação profissional e conscientização ambiental para a comunidade. Em sua programação o evento contou com atividades como intervenções de Graffiti e pocket shows dos grupos musicais Manauara em Extinção, Bruxos do Norte e Vivemos Livre e os artistas Astraxxx e Dj Rani. O idealizador do projeto, é o artista Waldemir do Nascimento Viana, conhecido como “Cria”.

“O Colorindo Minha Kebrada, é a ideia de que os espaços menos favorecidos podem e devem ser favorecidos com arte sim! Então, a gente buscou direcionar o foco da arte urbana em ruas principais e voltar às origens, levando a arte para as comunidades que possuem pouco acesso às intervenções artísticas “, aponta Cria. 

2. QRTN Soul Quebrada 

É um projeto organizado pelo movimento Quarentine Battle que nasceu com o intuito de mapear as Bgirls do estado do Amazonas e para além, saber como elas estavam se adaptando ao novo cenário diante a paralisação das atividades culturais a partir do decreto de quarentena; Voltado para mulheres desse segmento do Hip Hop,o projeto foi idealizado por Rafaela Neves, conhecida como “Finhah”, e dirigido por Emerson Mendes e Katrine Red, e já está em sua terceira edição com competições de nivel nacional, abrindo espaço para Bgirls de outras regiões participarem. Nesta última edição, todos os elementos do Hip Hop foram incluídos e o evento foi realizado durante 8 dias programação e transmitido na íntegra através das redes sociais. Com as batalhas de Mc’s e de Breaking, apresentações musicais, painéis de grafite, Djs e outros, o objetivo do projeto é valorizar os artistas do Hip Hop local e expandir a cultura do Hip Hop amazonense.

 

 

3.Ocupa Hip Hop no Vila Vagalume

Para estimular o protagonismo feminino no cenário do Hip Hop manauara, a estudante de jornalismo, cantora, compositora e instrumentista da banda Gramophone, Vivian Oliveira da Silva que também é dentre tantas coisas, artista residente e produtora cultural da Casa Criativa Vila Vagalume nos contou que objetivo do projeto surgiu logo após a Vila Vagalume mudar de endereço e passar a residir no bairro de São Raimundo, zona oeste de Manaus. 

“a ideia da ocupação surgiu logo depois que nos mudamos para o bairro de são raimundo, gostaríamos de trazer o grafite para as paredes da casa nova e também fortalecer o movimento Hip Hop, só que nos mudamos no auge da pandemia e não tínhamos muita grana, então, eu entrei em contato com a Erê (Debora Erê, grafiteira das sereias) e perguntei dela como a gente poderia fazer isso, e aí, ela me passou uma ideia de que poderíamos fazer algo simples, valorizando cada um e dando uma quantidade de material e comida para cada um, e fizemos um levantamento, mas ficou inviável por que a vila vagalume é autosustentável, a gente trabalha nela para que ela exista e as atividades que sustentam ela ficaram comprometidas devido a pandemia e aí apareceu a Lei Aldir Blanc e submetemos o projeto. Uma coisa que a gente faz questão de valorizar nessa ocupação é o protagonismo feminino no movimento Hip Hop.” afirma Vivian.

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