No último sábado, 05, o Rio Negro alcançou a marca recorde dos 30 metros, ultrapassando em 3 centímetros a cota registrada em 2012. Assim, Manaus registra a maior cheia da sua história desde os inícios dos registros, em 1902.
As maiores cheias do Rio Negro – seis delas aconteceram nos últimos 10 anos:
- 2021 – 30 m
- 2012 – 29,97 m
- 2009 – 29,77 m
- 1953 – 29,69 m
- 2015 – 29,66 m
- 1976 – 29,61 m
- 2014 – 29,50 m
- 1989 – 29,42 m
- 2019 – 29,42 m
- 1922 – 29,35 m
- 2013 – 29,33 m
No Centro da capital amazonense, ruas precisaram ser interditadas e pontes de madeira foram construídas para possibilitar a locomoção de pedestres. Os comerciantes construíram, por conta própria, barreiras com sacos de areia para impedir que as águas cheguem às lojas. A tradicional Feira da Manaus Moderna foi transferida para uma plataforma flutuante, construída pela Prefeitura de Manaus.

Os rios Solimões e Amazonas também preocupam. Na cidade de Manacapuru, localizada a 98 km de Manaus, o Rio Solimões atingiu a marca de 20,82 metros, nível que representa a maior cheia da série histórica – o recorde, até então, havia sido registrado em 2015.
Já em Itacoatiara, onde ocorre a medição do Rio Amazonas, já se registra a segunda maior marca: são 15,2 metros. O recorde, de 16,04 metros, foi observado em 2009. O Boletim Semanal publicado na sexta-feira, 04, aponta que em Manaus, o rio segue em processo de enchente severa subindo a uma média de 1 cm por dia na última semana.
De acordo com informações divulgadas pelo Serviço Geológico do Brasil, a tendência para os próximos dias é que haja uma estabilização das cotas e que a vazante inicie até a próxima semana. Mesmo com esta previsão, os impactos são a longo prazo e não devem cessar com o início da vazante, já que o processo é lento. Por isso, a cheia severa deve se prolongar.
Segundo dados da Defesa Civil do Estado do Amazonas, dos 62 municípios do Amazonas, 58 estão alagados, e 414.371 pessoas estão afetadas.
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