Isabella Botelho; 16/12/2021 às 14:00

Projeto entre Coca-Cola Brasil e FAS encerra 2021 com 7,5 toneladas de plástico recolhido

Batizada de Plástico Zero nos Igarapés de Manaus, iniciativa contou com 200 voluntários ao longo de três ações no segundo semestre

O projeto Plástico Zero nos Igarapés de Manaus” encerrou o ano de 2021 com um total de 7,5 toneladas de resíduos recolhidos e 200 voluntários mobilizados. Durante três edições entre setembro e novembro, a iniciativa da Coca-Cola Brasil e da Fundação Amazônia Sustentável (FAS) contou com o apoio dos grupos Remada Ambiental e Igarapés Limpos, além do Grupo Simões na ação de abertura. 

As ações ocorreram na Marina do Davi, com coleta na orla da localidade, e na foz do Igarapé do Gigante, com o uso de botes. A destinação do material foi dividida em duas frentes. Os resíduos mais sujos e contaminados foram destinados ao aterro sanitário da cidade de Manaus, com apoio da Secretaria Municipal de Limpeza Pública (Semulsp). Por outro lado, os exemplares em condições melhores foram destinados à Associação de Catadores do Bairro do Tarumã, para que fossem vendidos e reciclados. 

Foto: Samara Souza

 

De acordo com Victor Bicca, diretor da Coca-Cola Brasil, mutirões como este são essenciais para a sensibilização social e integram uma frente ainda maior da Coca-Cola por um mundo sem resíduos, esforço que vai desde ações de apoio a cooperativas de catadores até programas de grande escala de economia circular. “Temos um histórico de atuação no Amazonas que passa por projetos reconhecidos, como Olhos da Floresta, Água+Acesso e o Bolsa Floresta. Com eles, estimulamos a geração de empregos, o fortalecimento da cadeia produtiva e o fomento da agricultura familiar, além de contribuir com a proteção de bacias hidrográficas e da Floresta Amazônica e com o acesso à água”, ressalta. 

Para Cristine Rescarolli, idealizadora da ação e supervisora da agenda de Cidades Sustentáveis da FAS, a região da Marina do Davi e do Igarapé do Gigante sofre com o descarte incorreto de toda a cidade de Manaus. “Com a ação do grupo Remada Ambiental, que já atua no local há seis anos, a população local e os voluntários já entenderam que é necessário cuidar de seus resíduos em casa, para que não poluam os Igarapés e rios da cidade de Manaus. O trabalho é grande, mas tem um grande impacto em termos de educação ambiental”, avalia.

Diagnóstico

Ainda como parte do projeto, foi elaborado um diagnóstico sobre educação ambiental na temática de resíduos plásticos. O documento, conduzido por uma equipe externa de consultores, entrevistou presencial e virtualmente 294 pessoas, verificando caracterização socioeconômica, bem como conhecimentos, mudanças e demandas socioambientais. 

Todos os participantes da pesquisa assumem a importância da gestão e do cuidado com os recursos hídricos nos portos de Manaus. Em relação à coleta seletiva, um ponto de destaque é quanto aos participantes que a avaliaram como boa ou ótima, pois referiram-se à atuação de catadores de materiais recicláveis nesses espaços.

O próximo passo indicado pela equipe é um programa de educação ambiental baseado nesse diagnóstico, com algumas propostas a serem implementadas: instalação de pontos de entrega voluntária (PEVs); coleta seletiva nos comércios da região dos portos; campanha de educação ambiental nas escolas; sensibilização dos funcionários, passageiros e responsáveis por embarcações, entre outras ações.

Fonte: Assessoria

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