A partir das aptidões e referências existentes no ser humano de sua natureza física, emocional, social, cultural, intelectual ou comunicacional, estimula-se maneiras diferentes para a percepção, compreensão e interação com os conteúdos na Web.
Recentemente uma pesquisa foi divulgada pelo Movimento Web Para Todos e a plataforma BigDataCorp, que cerca de 14,65 milhões de endereços estiveram em análise no mês de abril, o correspondente a 68% dos sites do país e apenas 1% dos sites obtiveram êxito em todos os testes aplicados, evidenciando a inacessibilidade a 45 milhões de brasileiros que possuem alguma deficiência.
A plataforma Todos@Web desenvolveu o 4º Fascículo – Cartilha de Acessibilidade na Web explicando que uma página criada sem levar em consideração essa diversidade e pluralidade de pessoas, pode dificultar e, ainda, inviabilizar o acesso de um grande número de pessoas ao seu conteúdo. Normalmente, quando isso ocorre, as pessoas mais prejudicadas são as que possuem algum tipo de deficiência e acabam tendo dificuldades ao navegar por alguns sites; dessa maneira, precisam utilizar alguns softwares, hardwares e estratégias específicas que só funcionam bem se o sítio for criado para receberem esses padrões de codificação.
De acordo com a cartilha disponível no Todos@Web, no Brasil, cerca de um quarto da população relata dificuldades para ter algum impedimento para enxergar, escutar ou se movimentar e grande parte dessas pessoas tem dificuldade para acessar a Web. Sabemos, contudo, que essa acessibilidade direta à Web não beneficia apenas as pessoas com deficiência: ela auxilia todas as pessoas, oferecendo formas alternativas de acesso, como legendas, facilidade de leitura e interação como um todo. A acessibilidade também proporciona diversos benefícios ao mercado e ao dono de negócio.

São diversas as necessidades e possibilidades para quem necessita da acessibilidade e para quem a realiza, a exemplo disso, temos como alternativas para arquivos de texto inacessíveis, como aqueles criados em PDF a partir de imagens, as transcrições em texto de fácil compreensão para conteúdo de áudio, como os podcasts ou ainda recursos como audiodescrição e legendagem para arquivos de vídeo. Quando não é possível enxergar através de imagens, é necessário imaginar por meio das palavras.
A pesquisa apresenta como melhor desempenho de acessibilidade os sites educacionais com 3,88% deles sem apresentarem barreiras de acesso ao público com deficiência, seguido dos sites de notícias e jornais online com 3,03% e aprovação em todos os testes, depois as páginas corporativas que alcançaram 2,81% dos resultados analisados, enquanto a categoria de e-commerce chegou a 1,30% e os blogs com apenas 1,24%.
É importante ressaltar que a acessibilidade e sua potencialização na web é um trabalho constante para aperfeiçoamento e melhor qualidade para todos os grupos. E para quem quiser conhecer mais do trabalho desenvolvido pela plataforma Todos@Web, basta acessar www.todosnaweb.ceweb.br/, o 4º Fascículo – Cartilha de Acessibilidade na Web se encontra disponível nas versões em PDF, EPUB e HTML. Acesse a cartilha aqui.
*O Mercadizar não se responsabiliza pelos comentários postados nas plataformas digitais. Qualquer comentário considerado ofensivo ou que falte com respeito a outras pessoas poderá ser retirado do ar sem prévio aviso.