Patrícia Patrocínio; 02/06/2021 às 09:30

OMS nomeia variantes do coronavírus com letras do alfabeto grego para evitar estigmas

A mudança não pretende substituir as designações científicas oficiais, mas sim evitar discriminações e estigmas

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou um novo sistema de nomenclatura para as variantes do coronavírus. A mudança não pretende substituir as designações científicas oficiais, mas sim evitar discriminações e estigmas que o uso informal de nomes de países podem causar.

Agora, as variantes serão nomeadas com base nas letras do alfabeto grego. Ao todo, 10 letras correspondentes às variantes foram usadas pela OMS até agora. Dessa forma, a lista do vírus e seus derivados com maior potencial de transmissão ficou assim:

  • Alpha refere-se à B.1.1.7, a variante documentada pela primeira vez no Reino Unido;
  • Beta, a variante B.1.351, identificada primeiramente na África do Sul;
  • Gamma, a variante P.1 originária do Brasil;
  • Delta, referente à B.1.617.2, identificada na Índia.

Embora nomear doenças com base em localizações geográficas seja historicamente comum, como no caso do vírus ‘Ebola’, que leva o nome do Rio Ebola, do Congo, e da gripe espanhola. Esse uso informal tornou-se controverso durante a pandemia. 

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chegou a se referir à Covid-19 como “vírus chinês” em mais de uma ocasião, o que contribuiu com a recente onda de crimes de ódio contra asiáticos e descendentes nos Estados Unidos. No Brasil, a história não é diferente com o presidente Jair Bolsonaro também usando o termo “vírus chinês” em lives e entrevistas.

 

*O Mercadizar não se responsabiliza pelos comentários postados nas plataformas digitais. Qualquer comentário considerado ofensivo ou que falte com respeito a outras pessoas poderá ser retirado do ar sem prévio aviso.