Isabella Botelho; 17/07/2019 às 09:33

No Dia de Proteção às Florestas, relembre a campanha da Oana vencedora de um Lion em Cannes

Em 1991, o vídeo feito em homenagem ao Dia da Bandeira venceu os maiores prêmios de propaganda

O Dia de Proteção às Florestas é comemorado hoje, 17. A data foi instituída em homenagem ao Curupira, figura que, segundo o folclore brasileiro, protege as florestas das constantes agressões do homem, como o desmatamento e a caça de animais. Reza a lenda que os agressores são atraídos por essa figura e nunca retornam,  perdendo-se na mata.

E por que não aproveitar a data para relembrar uma das grandes campanhas do mercado publicitário brasileiro que critica a destruição de um dos nossos maiores patrimônios? Em 1991, a agência amazonense Oana Comunicação criou um comercial em homenagem ao Dia da Bandeira que apresentava a bandeira do Brasil construída por palitos de fósforo com a cabeça pintada de verde.

De repente, um fósforo é aceso e a “floresta” começa a ser queimada. A locução off, curta e simples, diz “O verde ocupa a maior parte da nossa bandeira. É preciso preservá-lo antes que seja tarde demais.”

https://www.youtube.com/watch?v=vQN8cTOIIEw

O filme ganhou todos os festivais dos quais participou, como o Grand Prix do Festival Internacional de Gramado, Profissionais da Rede Globo, Prêmio Colunistas Nacional e o Leão de Cannes, o mais importante prêmio da publicidade mundial.

Em entrevista ao Portal Mercadizar.com, Edson Costa, Superintendente e Atendimento da Oana Comunicação há 44 anos, falou sobre a criação do vídeo e o sentimento de receber um Leão de Cannes.

“O prêmio de Cannes foi a cereja do bolo. Foi o filme brasileiro mais premiado daquela década era uma ideia extremamente simples e totalmente atual. O roteiro era muito simples: uma bandeira do Brasil feita de palitos de fósforo imitando uma floresta e, em determinado momento, uma mão acende um fósforo e todos os outros começam a queimar. Foi uma ideia simples, mas de difícil realização. Esse filme ficou uma semana no ar, mas é impressionante como as pessoas se lembram ainda hoje.”

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