Ariel Bentes; 06/01/2020 às 15:01

Spotify irá banir anúncios políticos nos EUA

Somente no país a plataforma autorizava a veiculação de anúncios eleitorais

Em novembro de 2020, ocorre mais uma eleição presidencial nos Estados Unidos. Com a aproximação da data, algumas plataformas tem tomado algumas medidas e uma delas é o Spotify que anunciou que, a partir deste mês, não irá mais permitir a exibição de anúncios de partidos políticos e seus candidatos no país. Até então, somente nos EUA a plataforma autorizava a veiculação de anúncios eleitorais.

Em nota a Advertising Age, o Spotify disse: “No momento, ainda não temos o nível necessário de robustez em nossos processos, sistemas e ferramentas para validar e revistar com responsabilidade esse conteúdo. Vamos reavaliar essa decisão à medida em que continuamos a desenvolver nossas capacidades”.

Além do Spotify, o Twitter já tinha anunciado em outubro de 2019 que deixaria de compartilhar publicidade paga de campanhas eleitorais no mundo inteiro.

“Tomamos a decisão de banir toda publicidade política no Twitter, em todo o mundo. Acreditamos que as mensagens políticas deveriam ser disseminadas e não promovidas (pagas). Por uma série de razões. Uma mensagem política ganha alcance quando as pessoas decidem seguir uma conta ou retuitar um post. Pagar pela distribuição do conteúdo tira essa decisão, forçando a otimização e o direcionamento das mensagens políticas às pessoas. Achamos que uma decisão assim não pode estar relacionada a dinheiro. Por mais que a publicidade digital seja incrivelmente poderosa e muito efetiva para os anunciantes comerciais, esse poder traz riscos significativos à política, que pode ser usado para influenciar votos e, com isso, afetar as vidas de milhões de pessoas”, disse Jack Dorsey, CEO do Twitter, em seu perfil na própria rede social.

Apesar disso e após os escândalos da Cambridge Analytica, o Facebook não mudou as suas políticas. Mark Zuckerberg, o CEO da companhia, declarou que ocorreu um debate dentro da empresa sobre o assunto, mas que o grupo optou por continuar com a publicidade paga em campanhas eleitorais. Além disso, ele disse que a rede social pode ajudar a candidatos menores e mais desconhecidos a terem voz. 

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