Um monitoramento recente 7realizado pelo Greenpeace Brasil revela que os principais rios da Bacia Amazônica estão enfrentando uma seca severa em 2024, com níveis hídricos que não só estão abaixo da normalidade para o período de estiagem, mas também atingiram mínimas históricas em diversos trechos.
Dados atualizados no último dia 9 de outubro indicam que, das 23 estações de monitoramento distribuídas em 10 rios da região, 15 registraram níveis historicamente baixos, enquanto outras 8 estão em níveis abaixo da média. Confira o boletim completo com os dados de 10 rios amazônicos.
O Rio Solimões, por exemplo, chegou ao menor nível já registrado em Tabatinga, Fonte Boa, Coari e Manacapuru. A situação é igualmente grave em seus principais afluentes, como os rios Japurá, Içá, Jurá e Purus. No Rio Madeira, as cidades de Porto Velho e Humaitá estão entre as mais afetadas, com registros de nível mínimo histórico.
Em Manaus, o Rio Negro atingiu, em 3 de outubro, um nível inferior ao da seca de 2023, com um novo recorde mínimo de 12,11 cm, marcado no dia 9 de outubro. Já no Rio Amazonas, a situação é crítica em Itacoatiara e Parintins, que também alcançaram suas menores cotas da série histórica. Outros rios importantes, como o Tapajós e o Xingu, enfrentam igualmente a pior estiagem em décadas, com registros alarmantes em Santarém e Porto de Moz, respectivamente.
“Importantes rios da região sequer tinham se recuperado da seca histórica do ano passado quando foram atingidos pela atual estiagem. De maneira geral, quase todas as bacias da Amazônia enfrentam recorde de estiagem em algum trecho”, afirmou Rômulo Batista, porta-voz do Greenpeace Brasil, destacando o impacto climático na sobrevivência dos ecossistemas e das comunidades locais.
Sobre o Greenpeace Brasil
Desde 1992, o Greenpeace Brasil atua na defesa do meio ambiente, denunciando práticas que ameaçam a sustentabilidade das florestas e o equilíbrio dos ecossistemas. Em momentos críticos como o atual, a organização reafirma seu compromisso com a preservação da Amazônia e o combate às mudanças climáticas, que potencializam a gravidade das secas na região.
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