Ariel Bentes; 21/07/2020 às 18:33

#MercadizarIndica: O julho das pretas contado pelo podcast Angu de Grilo

No episódio ‘Julho das Pretas #48’, o podcast falou sobre o significado do mês e questões gênero

O próximo sábado, 25 de julho, é o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e, no Brasil, o Dia Nacional da Mulher Negra. A data foi instituída em 2014 pela Lei nº 12.987, sancionada pela então presidenta Dilma Rousseff, como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. 

Tereza de Benguela foi uma líder quilombola, viveu durante o século 18. Com a morte do companheiro, Tereza se tornou a rainha do quilombo, e, sob sua liderança, a comunidade negra e indígena resistiu à escravidão por duas décadas, sobrevivendo até 1770, quando o quilombo foi destruído pelas forças de Luiz Pinto de Souza Coutinho e a população (79 negros e 30 índios), morta ou aprisionada.

Pensando nisso e em reverenciar o protagonismo feminino e negro, o mês de julho é conhecido pelo movimento negro como o julho das pretas. Essa semana o podcast Angu de Grilo, apresentado pelas jornalistas Isabela Reis e Flávia Oliveira, falou sobre a importância dessas datas e a relação delas com as questões de gênero. Além disso, Isabela e Flávia trouxeram diversos questionamentos sobre o que é feminismo e o que é sororidade. 

Para elas, mulheres negras já se organizavam muito antes da nomeação do que hoje é conhecido como movimento feminista. “As mulheres negras sempre trabalharam. As mulheres escravizadas estavam no mesmo pé de igualdade dos homens negros e trabalhavam na mesma intensidade. Igualmente como as mulheres indígenas. Então, o que é lutar pela sua sobrevivência? Isso para mim é uma luta antisexista também, pois essas mulheres lutavam para sobreviver e criar minimamente os seus filhos”, diz Isabela no episódio. 

O Angu de Grilo é publicado todas as terças-feiras no Spotify. Para acompanhar o podcast clique aqui ou entre em contato com a equipe do através do e-mail angudegrilo@gmail.com.  

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