Ariel Bentes; 21/08/2020 às 16:59

#MercadizarIndica: Anne Jezini e o Céu de Lurex

“Céu de lurex” foi composta por Anne e produzida por Victor Xamã e André Oliveira

A cantora amazonense Anne Jezini lançou no dia 14 de agosto a música e o videoclipe Céu de Lurex. Com versos como “Tipo visagem do interior“ e “Um lurex prateado”, a música fala sobre um céu estrelado em uma noite quente e úmida na floresta. 

Em seu perfil no Instagram, Anne contou que no ano passado viajou para a comunidade do Jamaraquá, localizada em Belterra no Pará. Ali, a cantora parava e observava o céu extremamente estrelado que lhe remetia a um tecido brilhante, o lurex. “Precisava escrever uma ode a esse céu, uma ode tão cintilante como ele. Queria que fosse sexy e instigante também, assim como é a temperatura do começo da noite na floresta, aquela hora quando o calor alivia e a luz da lua e das estrelas pintam as folhas das árvores de prateado”, disse ela. 

https://www.instagram.com/p/CDzBOseDDXs/

O videoclipe, contemplado no Edital Prêmio Manaus de Conexões Culturais de 2018 e gravado em outubro de 2019 em Boiçucanga, São Paulo, podemos ver uma Anne esvoaçante que explora e dança em meio a uma praia deserta durante o dia e em uma mata à noite. O clipe foi dirigido por Alexandre Mortágua e a música foi produzida pelos amazonenses Victor Xamã e André Oliveira. 

Em entrevista ao Portal Mercadizar, Anne falou sobre o processo de composição da canção e produção do videoclipe, além da influência da sua bisavó Hilda na sua carreira, nome que dará ao seu próximo álbum. Confira abaixo:

mercadizar: Como você definiria o Céu de Lurex?

Anne: Céu de lurex é uma música fácil, dançante, um pop alternativo em que a letra, a melodia e a produção musical tem uma coerência e se completam pra passar a mensagem. Pessoalmente é uma das músicas que eu fiz que mais gosto, ela tem um significado importante pra mim que percorre todo o processo de concretização: me inspirei numa viagem ao interior em um lugar mágico que é a Flona Tapajós e a comunidade do Jamaraqua, foi gravada e produzida aqui em Manaus pelos meus amigos que eu tanto admiro e adoro trabalhar André Oliveira e Victor Xamã e o clipe foi idealizado junto com o Alexandre Mortagua que já tinha dirigido meu último clipe e que também é um amigo que admiro muito. E eu consegui colocar nela todas as referências que eu queria desde o começo, quando ela surgiu no meu bloco de notas.

mercadizar: Como foi o processo de composição da faixa? E o do videoclipe?

Anne: Eu compus letra e melodia bem rápido, daquelas músicas que já nascem prontas, o que não é muito comum pra mim, sempre vou e volto mudando coisas até achar que uma composição tá pronta. Escrevi na semana depois que voltei do Jamaraqua, tinha feito algumas anotações por lá e quando cheguei transformei em música. O clipe, eu já tinha o projeto aprovado para produção com a direção do Alexandre Mortágua no Conexões Culturais da Manauscult. Ele propôs de irmos pra casa de um amigo em Boiçucanga com toda equipe pra gravarmos dois videoclipes. A gente queria imagens potentes da natureza e como toda a equipe dele é de São Paulo, ficava mais viável, inclusive financeiramente, fazer tudo lá. E no fim foi uma surpresa muito bonita pra mim, usar a Mata Atlântica como cenário. Eu morei parte da minha infância em São Paulo e reviver essa paisagem de forma poética significou muito.

mercadizar: Você já disse que Céu de Lurex é o primeiro lançamento da era “Hilda”. O que podemos esperar dos próximos lançamentos? 

Anne: O próximo lançamento é uma continuação da estética de Céu de Lurex, tem um teor político, toca num assunto mais sério mas ainda assim conversa com a mesma atmosfera desse primeiro single. É uma maneira de passar a mensagem de forma sutil. 

mercadizar: E que influências a Hilda, sua bisavó, tem na sua carreira?

Anne: Hilda, representa uma vontade de olhar pra dentro e buscar inspiração dentro da minha própria história. É o nome da minha bisavó que era uma mulher forte, mas também é o nome da Hilda Furacão, outra mulher forte que esteve presente no imaginário da infância dos millennials brasileiros como eu. Queria que essa nova Era tivesse nome de mulher pra quando eu precisasse dessa força, me transmutasse nesse alter-ego.

Para saber mais, acompanhe Anne em seu perfil no Instagram e ouça a sua discografia clicando aqui

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