No fim de maio, a população brasileira foi surpreendida com o anúncio da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), de que o Brasil sediaria a Copa América 2021, inicialmente prevista para acontecer na Argentina e na Colômbia. Após a recusa destes dois países, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o governo federal decidiram aceitar o torneio, mesmo com a crise sanitária decorrente da pandemia do coronavírus.
Imediatamente, jornalistas, políticos, pensadores, atletas, epidemiologistas, profissionais da saúde e sociedade civil se posicionaram contra a realização do evento. Mesmo diante da insatisfação pública, nada mudou. A Copa América inicia no próximo domingo, 13, com jogos em quatro estados brasileiros.
Temendo se associar à polarização política gerada pelo evento, a Mastercard anunciou na noite de terça-feira, 8, o cancelamento das ações programadas para o torneio. A empresa informou que não ativará o patrocínio e não exibirá sua marca nas placas de publicidade.
“Após análise criteriosa, decidimos por não ativar nosso patrocínio à Copa América no Brasil”, afirma em comunicado.
De acordo com informações divulgadas pelo Propmark, o texto não cita especificamente os motivos da desistência, mas a decisão acontece no contexto das diversas polêmicas políticas e sanitárias pela realização do evento no Brasil durante a pandemia.
O contrato de patrocínio com a Conmebol foi assinado em fevereiro de 2019 para as edições de 2020, adiada para 2021 por conta da pandemia, e 2024 dos torneios masculino e feminino.
*O Mercadizar não se responsabiliza pelos comentários postados nas plataformas digitais. Qualquer comentário considerado ofensivo ou que falte com respeito a outras pessoas poderá ser retirado do ar sem prévio aviso.