Conhecida em Manaus por ser ativamente empenhada no combate aos crimes contra a mulher, Débora Mafra, que há quatro anos ocupa o cargo de delegada titular da Delegacia Especializada em Crimes Contra Mulher (DECCM), sempre sonhou em ser delegada ou juíza. Foi professora do maternal, dona de casa e, aos 30 anos, ingressou na faculdade de Direito.
Natural de Osasco, São Paulo, ela casou-se jovem, com apenas 17 anos. Aos 22 anos, se tornou professora de uma escola particular de Sorocaba (SP) e depois mudou-se para Manaus, onde, em suas próprias palavras, encontrou o paraíso. Com 30 anos e divorciada, ela resolveu fazer faculdade, o que, para muitas pessoas, era uma escolha ousada. Dentre todos os cursos, ela escolheu o Direito, concluiu a formação e, posteriormente, prestou um concurso público para escrivã da Polícia Civil, em 2001.
Após nove anos no cargo de escrivã, Débora passou num concurso para delegada e se juntou aos “Deltas” da PCAM. Atuou durante dois anos na Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), foi titular na DECCM – ANEXO, no bairro Cidade de Deus, na Zona Norte da capital, e seguiu para a titularidade da DECCM no Parque 10. Lá, segundo ela, foi onde mais se identificou. “Quando eu comecei na Delegacia Especializada em Crimes Contra Mulher, eu não achava que tinha o perfil. Eu me achava delegada de polícia, mas não com um perfil específico. Quando eu comecei a trabalhar, eu me identifiquei com a causa imediatamente. Eu me senti muito bem como delegada da mulher, inclusive, a ponto de hoje não pensar em sair desse segmento”, afirma.
Todos os dias, mulheres em situação de dor e fragilidade buscam amparo na delegada que, através de suas palavras, educa e promove a força feminina, exaltando aquelas que um dia foram agredidas das mais diversas formas.
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