Patrícia Patrocínio; 05/08/2021 às 15:00

Estudo revela que brasileiros querem se reconhecer em personagens de séries

A pesquisa também mostra que as séries dão voz a pautas cada vez mais atuais como diversidade, representatividade e inclusão, além de serem democráticas e agregadoras

A NBCUniversal International, proprietária das marcas Universal TV, Studio Universal, SyFy, Amo Séries e Universal Plus, promoveu a primeira edição do evento “Séries que te movem”. No evento, a companhia apresentou uma atualização do estudo “Paixões em séries”, apresentado em 2018, que abordou temas como a evolução das séries, o perfil dos consumidores, a mudança de comportamento e de consumo durante a pandemia, e como as séries se tornaram cada vez mais relevantes tanto para as pessoas quantos para as marcas. 

A pesquisa foi desenvolvida com base em uma metodologia qualitativa, com 83 entrevistas on-line, 120 abordagens instantâneas, 12 vivências, e quantitativa, com 1.250 entrevistas pessoais, entre homens e mulheres, maiores de 16 anos, das classes ABC, de oito regiões do Brasil. Além disso, ela foi atualizada a partir de dados internos e dados de mercado.

O estudo revela que as séries atraem tanto a atenção das pessoas porque estão, de certa forma, ligadas à vida delas e porque trazem uma sensação de pertencimento. De acordo com a pesquisa, a maioria dos brasileiros quer se reconhecer nos personagens dos seriados, visto que 69% do público afirma que encontrar personagens que passam pelas mesmas situações é um fator decisivo na escolha do conteúdo. Além disso, 79% sentem que, atualmente, as séries e filmes retratam suas realidades mais do que antes.

A pesquisa também mostra que as séries dão voz a pautas cada vez mais atuais como diversidade, representatividade e inclusão, além de serem democráticas e agregadoras. Segundo o levantamento, 85% dos brasileiros LGBTQIA+ sentem que as séries que abordam o tema ajudaram suas famílias na compreensão sobre diversidade e 81% que não são LGBTQIA+ disseram que assistir personagens dessa comunidade os fizeram se sentir mais conectados com essas pessoas.

Outro ponto levantado pelo estudo é a forma como a pandemia impactou o consumo de séries. 50% dos entrevistados afirmaram que assistiram mais séries, filmes e programas com a família em 2020. Com o isolamento social, mais gente passou a procurar esse tipo de conteúdo: 45% começaram a assistir novas séries, 47% afirmaram estar assistindo mais séries internacionais do que antes, e 57% disseram que séries são sua principal forma de diversão durante a quarentena.

O levantamento também revela que a história das séries é longa, mas que é possível apontar três grandes momentos, ou ondas, na trajetória das produções audiovisuais seriadas desde a década de 1990. A primeira delas é a que chamaram de “Marola”, ou seja, quando os seriados eram produzidos de maneira menos complexa, com narrativas mais acessíveis ao grande público e com veiculação na TV aberta. Exemplos de séries desse momento são: Friends, Seinfeld e Baywatch. Já a segunda onda é chamada de “A grande virada”, justamente porque apresenta uma mudança em relação à onda anterior, visto que as produções passam a ser mais segmentadas, com narrativas mais profundas e veiculação na TV fechada. Exemplos de séries desse período são: Lost, House e Mad Men. Por fim, a terceira onda, chamada de “O Tsunami”, é a consolidação do formato, ou seja, quando os investimentos e as produções aumentaram, trazendo séries cada vez mais de nicho e veiculadas na internet. São exemplos: Breaking Bad, Game of Thrones e Black Mirror.

O estudo completo está disponível na Plataforma Gente. Para acesso e download, clique aqui.

 

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