Um dos maiores e mais importantes escritores brasileiros, Rubem Fonseca morreu nesta quarta-feira, 15, aos 94 anos. Contista, romancista e roteirista, ele influenciou gerações de escritores e leitores, ficando conhecido por renovar a literatura brasileira no século 20 com uma linguagem coloquial e direta. Segundo seus familiares, Fonseca sofreu um infarto e foi levado ao hospital, mas não resistiu.
Dentre seus principais livros estão os volumes de contos “Lucia McCartney” (1967), “Feliz Ano Novo” (1975) e “O Cobrador” (1979), além dos romances “O Caso Morel” (1973), “A Grande Arte” (1983) e Agosto (1990).
Nascido em Juiz de Fora, Minas Gerais, José Rubem Fonseca mudou-se para o Rio de Janeiro aos oito anos de idade. Formado em Direito, ele trabalhou como comissário de polícia no início dos anos 1950. Ele abandonou a polícia, mas suas experiências foram parar nas páginas de livros traduzidas em obras em que a violência e o submundo das cidades ganharam destaque.
Apesar da idade, o escritor nunca deixou de produzir, mesmo que em ritmo raro. Lançou cinco livros nos últimos dez anos: o romance “José” (2011) e os contos “Axilas e outras histórias indecorosas”, “Amálgama”, “Histórias curtas”, “Calibre” e “Carne crua”, que chegou às livrarias há dois anos.
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