Hilana Rodrigues; 22/06/2021 às 15:00

Conheça a estilista trans que quebrou barreiras na Semana de Moda de Nova York

Aria Garcia, atual CEO e diretora criativa da Area, chegou a ser finalista na Semana de Moda de Nova York em 2019

A conversa sobre inclusão de pessoas LGBTQIA+ na moda costuma se destacar quando a temática são modelos trans cruzando as passarelas ou quando são escalados para estrelar campanhas publicitárias.

Porém, também há de ser discutido quando se trata de estilistas transgêneros que conseguem visibilidade na indústria, como Aria Garcia. Atual CEO e diretora criativa da Arega, Aria chegou a ser semifinalista no reality de moda “Project Runway”, em que mostrou uma de suas coleções na Semana de Moda de Nova York em 2019.

“Naquele momento, não me dei conta de que era uma das primeiras estilistas trans a apresentar uma coleção na NYFW, mas foi incrível poder focar simplesmente na moda sem deixar meu gênero me distrair do meu objetivo”, conta em entrevista à Vogue.

Nascida nas Ilhas Virgens Americanas e radicada em Nova York, Aria afirma que nunca enfrentou preconceito trabalhando na moda e que encontrou seu foco de trabalho na indústria. “Eu mudei para os Estados Unidos para me tornar estilista, então, é incrível saber que estou vivendo meu sonho. A moda é onde me sinto em casa. É onde eu me encaixo, onde sinto que pertenço”, afirma a estilista.

Entretanto, Aria também enfrentou desafios para apresentar sua coleção. Por ser estilista independente, houve falta do suporte financeiro da indústria, que em geral é destinado a marcas mais tradicionais e maiores. “As principais dificuldades foram tempo e dinheiro, parecia que não tinha o suficiente dos dois”, lembra.

Sendo otimista, Aria incentiva e acredita que pessoas trans que trabalham nos bastidores ainda terão seu trabalho reconhecido. “Eu vejo as mulheres trans crescendo na indústria a cada dia. Há sub-representação e isso é um saco, mas é importante que os estilistas continuem sendo inclusivos e que envolvam mulheres trans em seus trabalhos, porque mulheres trans são mulheres”, completa.

Fonte: Revista Vogue

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