Ariel Bentes; 02/01/2020 às 10:00

Cobertura política e educação midiática são algumas das tendências para o jornalismo em 2020, diz ABRAJI e Farol Jornalismo

Essas e outras tendências estão disponíveis no especial O Jornalismo no Brasil em 2020

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (ABRAJI) e o site Farol Jornalismo lançou a 4º edição do especial O Jornalismo no Brasil em 2020, que reúne dez artigos que falam sobre como será o futuro da profissão no país. Uma dessas tendências apontadas pelas organizações é a cobertura política, no qual no texto Compreender nova era inaugurada pelo governo do Bolsonaro será fundamental para cobertura política, o autor Guilherme Amado, vice-presidente da Abraji e repórter da revista Época, relembra algumas dificuldades ocorridas entre jornalistas e o Presidente da República em 2019 e afirma que os profissionais que fazem cobertura política terão que ter preparo para analisar e explicar as mudanças no país, além de lidar com ataques contra o trabalho jornalístico.

“Pouquíssimos repórteres tinham interlocução com o meio militar antes da eleição de Bolsonaro, e, mesmo dentre esses, era difícil encontrar quem fosse capaz de ter fontes tanto entre os da ativa quanto os da reserva, das três Forças Armadas e de patentes diferentes. Tudo isso se tornou imperativo para cobrir com propriedade o atual governo.”,  disse Guilherme.

Outros nove textos fazem parte do especial, sendo eles: Renata Neder, do Comitê para Proteção dos Jornalistas (CPJ), autora do texto Violência e outras formas de silenciamento ameaçam exercício jornalístico em 2020; Nina Weingrill, co-fundadora da agência e escola de jornalismo ÉNois, escreveu O jornalismo local de 2020 vai ser construído com as pessoas, ou não será; Rafael Grohmann, pesquisador da Unisinos, do texto Nova onda de sindicalização e cooperativismo em contexto de plataformas digitais chegará ao jornalismo;

Paula Miraglia, cofundadora do Nexo Jornal, autora do artigo Para se engajar com o público, jornalismo precisará escutar; Ana Daaf, diretora de conteúdo do jornal O Povo, escreveu Outros jeitos de usar a notícia *; Adriano Belisário, coordenador da Escola de Dados Brasil, autor do texto Do “ver para crer” ao “crer para ver”; Patrícia Blanco, presidente do Instituto Palavra Aberta, autora do texto Educação e jornalismo se aproximam para tentar conter avanço da desinformação; Fábio Takahashi, editor de jornalismo de dados da Folha de S.Paulo, do artigo Ano eleitoral será propício para o jornalismo de algoritmos (mas sem esquecer o resto); José Antonio Lima, editor do Comprova, autor do texto Eleições e luta pela preservação da legitimidade consolidam práticas de colaboração;

O especial O Jornalismo no Brasil é lançado todos os anos e a versão 2020 está disponível de forma gratuita no Medium

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