Oito anos e 11 meses depois, o caso da Boate Kiss vai à júri nesta quarta-feira, 1º. A tragédia matou, em janeiro de 2013, 242 pessoas e deixou mais 636 feridas na cidade gaúcha de Santa Maria.
Todas foram vítimas do incêndio que começou no palco, após um dos integrantes da banda que se apresentava disparar um artefato pirotécnico que atingiu o teto e rapidamente o fogo e fumaça tóxica se espalhou.
São réus no caso Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann, sócios da boate, Marcelo de Jesus dos Santos, vocalista da Banda Gurizada Fandangueira, e Luciano Bonilha Leão, produtor musical.
O Tribunal do Júri será composto pelo Conselho de Sentença, formado pelo juiz Orlando Faccini Neto, titular do 2º Juizado da 1ª Vara do Júri da Comarca de Porto Alegre, e por sete jurados que serão escolhidos por meio de sorteio.
A tragédia, que matou principalmente jovens, marcou a cidade de Santa Maria, e abalou todo o país. Imagens fortes retrataram a única porta de saída desobstruída, bombeiros e populares quebrando os muros da casa para salvar quem estava dentro.
Desde o incêndio, as famílias dos jovens mortos formaram uma associação e, todos os anos, no dia 27 de janeiro, relembram a tragédia, a maior do estado do Rio Grande do Sul e uma das maiores do Brasil.
Depoimentos
A previsão é que os trabalhos sejam divididos pela manhã, tarde e noite, a partir das 9h. O júri será transmitido ao vivo pelo canal do TJRS no Youtube.
Nos depoimentos, serão ouvidas 14 vítimas, indicadas pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), assistente de acusação e pela defesa de Elissandro Spohr; cinco testemunhas de acusação arroladas pelo MP; cinco testemunhas arroladas pela defesa de Elissandro Spohr; cinco testemunhas arroladas pela defesa de Mauro Londero Hoffmann, e cinco testemunhas arroladas pela defesa de Marcelo de Jesus dos Santos.
Fonte: Agência Brasil
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