Isabella Botelho; 13/06/2019 às 12:31

Arte amazonense perde Óscar Ramos

O artista é um dos grandes nomes das artes visuais amazonense

O artista visual e curador amazonense Óscar Ramos faleceu na manhã de quinta-feira (13), aos 80 anos, em Manaus. Segundo informações da Prefeitura, ele estava internado no Hospital Beneficente Portuguesa desde o dia 5 de junho, quando deu entrada com quadro de Acidente Vascular Cerebral (AVC).

O artista

Nascido em Itacoatiara, Óscar se consagrou como um dos grandes nomes das artes visuais amazonense, possuindo uma extensa trajetória composta por trabalhos como designer gráfico, diretor de arte, pintor, poeta e cenógrafo. Porém, seus trabalhos mais brilhantes foram no campo das artes plásticas e no cinema profissional, ramo que lhe rendeu prêmios nos principais festivais brasileiros.

Adepto de multilinguagens, com presença marcante na cena cultural underground e no movimento tropicalista do Brasil no final da década de 1960, ao longo de sua carreira, Óscar realizou trabalhos com grandes nomes da música brasileira, assinando capas de discos de Gal Costa, Caetano Veloso, Maria Bethânia e Gilberto Gil, durante um período de grande efervescência cultural, quando o país vivia o regime militar.

Óscar Ramos e Caetano Veloso (Divulgação)

Além de trabalhos para o meio musical, o artista trabalhou como diretor de arte em diversos filmes nacionais, como Menino do Rio e Tainá, e colaborou no sucesso O Escorpião Escarlate, de Ivan Cardoso, que lhe rendeu um kikito no Festival de Gramado de 1990.

 

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