Assim como o movimento Outubro Rosa, em novembro as secretarias e instituições fazem um alerta para conscientizar e debater sobre a saúde física com foco para a prevenção do câncer de próstata.
O que hoje conhecemos como Novembro Azul teve início em 2003, quando um grupo de amigos desenvolveu a Fundação Movember, a junção das palavras moustache e november, que significa, respectivamente, bigode e novembro, em inglês.
A fundação tinha como objetivo chamar atenção de mais pessoas sobre as questões de saúde masculina. Os amigos se barbeavam no início do mês e deixavam o bigode crescer no decorrer desse tempo como apoio à campanha de arrecadação de fundos em prol das pesquisas sobre o câncer de próstata entre outras doenças.
Já no Brasil, o movimento surgiu e ganhou forças em 2011 com o mesmo apoio das secretarias, órgãos e empresas estampando suas fachadas com a cor azul, além da distribuição de exames gratuitos para alcançar o maior número de pessoas se prevenindo e buscando diagnóstico precoce.
Apesar de nascer com o objetivo de alertar sobre o câncer de próstata, o Novembro Azul é atualmente mais abrangente e visa quebrar diversos paradigmas do homem em relação à sua saúde íntima, visto que a mortalidade desse grupo é mais alta pelo preconceito e vergonha em buscar ajuda médica ou realizar simples exames de rotina.
Sobre o câncer de próstata
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Câncer (INCA), cerca de 60 mil pessoas são diagnosticadas, anualmente, com câncer de próstata. O instituto ainda prevê que 65.840 novos casos serão confirmados a cada ano, entre 2020 e 2022.
Para contextualizar melhor, a próstata é uma glândula do sistema reprodutor que fica embaixo da bexiga e ligada à uretra, canal responsável por eliminar a urina para o meio exterior. Quando há mudanças no tamanho e forma da glândula, pode, em quase todos os casos, simbolizar o câncer, caracterizado por um tumor.
Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), o acompanhamento do paciente para avaliação da próstata deve ser realizado anualmente a partir dos 50 anos, e em pacientes com histórico familiar de câncer de próstata, esse acompanhamento deve ser realizado a partir dos 45 anos.
Principais sintomas do câncer de próstata
Por ser uma doença silenciosa, os sintomas apresentados já representam uma fase avançada da doença. Entre os mais frequentes estão:
- Dificuldade para urinar;
- Vontade de urinar frequentemente à noite;
- Jato de urina mais fraco;
- Secreção de sangue na urina ou no sêmen;
- Disfunção erétil;
- Fraqueza ou dormência nas pernas ou pés.
Prevenção
Segundo pesquisas médicas, os indícios médicos de prevenção estão relacionados à adoção de hábitos saudáveis e diagnóstico precoce, mas para isso é necessário realizar exames de rotina ou check-up anualmente. Outras recomendações são:
- Praticar exercícios físicos regularmente;
- Mantenha o peso ideal;
- Evite cigarro e álcool em excesso;
- Controle do colesterol, diabetes e pressão;
- Mantenha uma alimentação equilibrada.
Câncer de pele não melanoma
Por mais que o câncer de próstata seja o mais comentado, a doença que mais afeta e mata este público no Brasil é o câncer de pele não melanoma. O tumor no testículo é mais frequente em pessoas com faixa etária de 20 a 40 anos.
Além dos cânceres, outras doenças que devem ser conscientizadas são a disfunção erétil, andropausa e o câncer de pênis, este último muitas vezes é favorecido pela má higiene, o que pode acarretar na amputação do membro.
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