A mobilidade acadêmica internacional em Portugal, é almejada por muitos universitários brasileiros que desejam ter uma experiência estudantil diferenciada, aprender novas culturas e costumes, tudo com um custo-benefício e através de uma língua similar a sua de origem.
Na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), as estudantes de jornalismo Nicole Baracho e Natália Serrão do 7º período, e, Clara Toledo e Déborah Arruda do 5º período, viajarão este mês para realizarem o sonho de fazer um intercâmbio internacional na Universidade do Porto e na Universidade de Coimbra, ambas em Portugal. Em entrevista ao Mercadizar, elas contaram quais são as suas expectativas e como funcionou o processo seletivo do intercâmbio.
Confira a entrevista completa abaixo:
Mercadizar: Como ocorreu o processo de escolha da universidade ?

Natália Serrão: Eu já sabia que estudar em Portugal pela universidade seria o caminho mais fácil e barato de um intercâmbio, por conta do acordo de cooperação da Ufam e a Universidade do Porto (UPorto).
Fiz a primeira candidatura para o Instituto Politécnico de Bragança e fui aceita, iria morar na cidade de Mirandela. Mas quando fui aceita na UPorto, preferi a segunda opção. Depois que a minha candidatura foi validada, a ansiedade era pra ver se eu ia conseguir a vaga da mobilidade. Em junho a UPorto mandou e-mail formalizando que eu tinha sido aceita, estava com a Nicole e recebemos os e-mails juntas, lembro que gritamos e choramos muito!
Infelizmente não consegui a bolsa do Santander, mas desde a novidade venho guardando dinheiro… Quando a oportunidade surgiu, tive certeza que eu queria usar o dinheiro como um investimento em mim.

Déborah Arruda: Eu vou estudar em Coimbra. Desde muito nova queria estudar fora, mas teria que ser algo com bolsa então sempre fiquei pesquisando. Acabei encontrando no site do Santander sobre o Ibero-Americanas e vi que tinha parceria com a Ufam, fiz o meu cadastro e aguardei. Logo depois, fui até o setor de Relações Interinstitucionais da Ufam e descobri que eles não fariam o processo seletivo para esse programa porque não tinha fechado contrato com o Banco. Fiquei triste mas acabei esquecendo.
Alguns meses depois saiu um edital “relâmpago” para fazer essa seleção, foi uma coisa muito rápida. Fiz, e quando saiu o resultado preliminar não fui chamada. Quando saiu o resultado final, duas pessoas haviam sido desclassificadas e eu acabei passando. A maior surpresa que eu poderia ter. Depois disso só vem a burocracia. Tinha que descobrir em qual período ia fazer, quando iria, documentação necessária…
Mercadizar: Quais são as expectativas para a viagem? O que você acredita que terá como desafio estudando fora do Brasil?

Nicole Baracho: Eu gosto muito de conhecer pessoas e trocar experiências, foi uma coisa que eu aprendi mais ainda na faculdade com os meus amigos, se eu senti isso só na faculdade, imagine eu ampliando isso para a universidade do Porto que recebe pessoas do mundo inteiro.
Natália Serrão: Acho que um dos maiores desafios será o choque cultural…Infelizmente li sobre casos de xenofobia contra brasileiros, principalmente mulheres brasileiras. Mas considero importante ter consciência do que tô indo fazer lá, atrás de estudo, oportunidades melhores, novas aventuras e experiências.
Mercadizar: Era um sonho fazer intercâmbio internacional?

Clara Toledo: O sonho da minha vida, da minha mãe, da minha vó. Falo disso desde que me entendo por gente, sempre quis estudar fora, não só visitar, mas realmente viver outra cultura e agora, poder fazer isso e ainda juntar o que mais gosto que é a comunicação é um sonho. Além disso, não só ir, mas ir com uma bolsa de estudos tem sido essencial. É uma viagem muito cara e os custos de vida são altos, então é uma ajuda imensa para qualquer estudante sonhador.
Déborah Arruda: Fazer intercâmbio sempre foi um grande sonho. Quero absorver o máximo de aprendizado possível, vou com a mente bem aberta. Acredito que meu maior desafio será voltar (risos).
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