Pesquisadores vinculados à Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) conquistaram a carta-patente de invenção de um batom feito com matérias-primas regionais, sendo uma delas o pigmento extraído das cascas do fruto do jambeiro-vermelho.
Além do extrato de jambo para dar cor ao produto, o batom também leva manteiga de bacuri, matéria mais acessível e barata que a cera de abelha, para propor emoliência, e cera de carnaúba, que dá a dureza a consistência ao batom natural da Amazônia.
Estão envolvidos na produção os professores Kariane Nunes (Ufopa) e Leopoldo Baratto (UFRJ), além dos alunos Bruna Cantal (Ufopa) e Walberson Reatgui (Ufopa/UnB). Eles acreditam que a industrialização do produto pode impulsionar a cadeia produtiva extrativista com a geração de renda para comunidades locais que trabalham, por exemplo, com o bacuri e o jambo
O professor Leopoldo explicou sobre as vantagens de se utilizar o pigmento do jambo na formulação do batom. De acordo com ele, a primeira delas é que os pigmentos sintéticos, muitas vezes contêm metais pesados, como alto teor de cádmio e chumbo, substâncias que podem ser nocivas à saúde. Mas neste caso, a origem é natural.
“E a segunda, é que essa substância também tem propriedades antioxidantes, o que ajudaria a preservar ainda mais esse produto”. Ele explica que foi difícil lidar com a alta capacidade de oxidação, “pois o pigmento muda de coloração com o passar do tempo; devido à oxidação da molécula, ela vai escurecendo e perde a cor original”.
A informação é da Mídia Ninja.
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