Thaís Andrade; 11/10/2023 às 14:23

Kaê Guajajara lança documentário da turnê ‘Kwarahy Tazyr’

A série de shows marca a ascensão da Música Popular Originária no Brasil

A presença da Música Popular Originária (MPO) promoveu encontros e vivências da artista de etnia Guajajara (Maranhão) com diversas etnias indígenas do Brasil, sendo estes momentos registrados em formato de documentário, lançado no dia 12 de Outubro, data de celebração na América Latina do Dia da Resistência Indígena. A turnê “Kwarahy Tazyr” da artista Kaê Guajajara, com patrocínio da Natura Musical, circulou pelas cidades de Recife, São Luís, Manaus, Rio de Janeiro e São Paulo entre setembro de 2022 e maio de 2023.

“Os encontros com tantas etnias indígenas em grandes capitais brasileiras me trouxeram a real noção do apagamento que ainda temos no país. Foi emocionante cantar e me conectar com tantas pessoas que, de alguma maneira, se identificam com o meu trabalho e nele se fortalecem para reexistir. Espero que o documentário chegue a muitas pessoas e que seja mais uma contribuição para o crescimento da Música Popular Originária”, afirma Kaê.  

Imagem: “Kwarahy Tazyr”/Kaê Guajajara

O documentário realizado pela Azuruhu, selo voltado ao desenvolvimento de artistas indígenas, fundado por Kaê, será disponibilizado no YouTube, e conta com a direção de Kandu Puri e assistência de Abi Salinas.

“Este projeto, assim como os demais selecionados pelo edital Natura Musical, tem a potência de gerar impacto positivo no ecossistema onde está inserido. Isso se traduz em ações de inclusão, sustentabilidade, apoio à diversidade e educação. São pilares fundamentais para as mudanças que desejamos vivenciar no mundo”, afirma Fernanda Paiva, Head of Global Cultural Branding.

Palco ‘Te Encontro na Barroso’ em Manaus AM – Divulgação

Sobre Kaê Guajajara

Artista da Música Popular Originária (MPO) e nascida em Mirinzal, no Estado do Maranhão, Kaê Guajajara, 30 anos, se mudou para o complexo de favelas da Maré (RJ) ainda criança buscando por sobrevivência, uma vez que sua família estava em zona de conflito com madeireiros, habitando uma terra indígena não demarcada.

Kaê vê na música uma forma de resistir e difundir o conhecimento sobre os povos originários, aldeados ou não, mantendo elementos ancestrais e combinando linguagens contemporâneas.

Com dois discos lançados, suas turnês circulam em palcos como Rock the Mountain (Rio de Janeiro), Festival do Futuro (Brasília), Conservatório da Praça das Artes (São Paulo), MECA (São Paulo) e “Pororoca” em Defesa da Amazônia, ONU (Central Park, NY).

 

*O Mercadizar não se responsabiliza pelos comentários postados nas plataformas digitais. Qualquer comentário considerado ofensivo ou que falte com respeito a outras pessoas poderá ser retirado do ar sem prévio aviso.