Após o premiado “Kwarahy Tazyr”, primeiro disco completo de Kaê Guajajara, lançado em 2021, o novo álbum “Zahytata” – que significa “estrela” do zeeg’ete, idioma do povo Guajajara – chegará em todas as plataformas digitais em abril de 2023, traçando novas narrativas e vivências de Kaê, que inclui em suas composições temas como autoestima e visibilização dos povos originários, não monogamia e bem viver, com influências de ritmos ancestrais indígenas e ritmos marginalizados, que estão conquistando o mundo. A artista anunciará a data oficial de lançamento em suas redes sociais.
“Em ‘Kwarahy Tazyr’, as composições denunciavam a violência enfrentada pelos povos originários, nas aldeias e nas cidades, com horizontes de superação e construção de autoestima. Em ‘Zahytata’, temos um ponto de vista que vai além de sobreviver, e sim que podemos pulsar e viver no aqui e agora, isso através de músicas com ritmos inéditos e dançantes que falam sobre o futuro, que começa a partir das mudanças no presente.”
Com 13 faixas, o disco “Zahytata” conta com produção musical de Patrickzaun e composições de Kaê Guajajara, sendo lançado pelo selo Azuruhu, dedicado ao desenvolvimento de artistas indígenas e fundado pela artista.
O selo Azuruhu anuncia também lançamentos de Kandu Puri (EP “Sana”) e Nativos MCs (“Território Indígena Xingu – MT”). O selo vem se fortalecendo pela união de esforços de um amplo coletivo pela visibilidade indígena, sendo os trabalhos em destaque a gravação do álbum visual “Kwarahy Tazyr”, com direção e roteiro de Kandu Puri e equipe de figurinistas, maquiadores e assistentes indígenas, bem como a recente participação de Kaê Guajajara, Nativos MCs e Kandu Puri no Festival Futuro, realizado em Brasília no dia 1o de janeiro de 2023.
Engajadora da Música Popular Originária (MPO) e nascida em Mirinzal, no Estado do Maranhão, Kaê Guajajara se mudou para o complexo de favelas da Maré (RJ) ainda criança buscando por sobrevivência, uma vez que sua família estava em zona de conflito com madeireiros.
Mais que uma expressão artística, ela vê na música uma forma de resistir e se manifestar contra o silenciamento dos povos originários imposto pelos colonizadores, e perpetuado até hoje pelos seus descendentes, mirando um presente e futuro em que a busca pelo bem viver seja um despertar coletivo.
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