Gabriela Auzier; 26/07/2024 às 16:00

CURA AMAZÔNIA: Manaus recebe segunda edição do festival de arte pública em agosto

O evento será realizado de 7 a 17 de agosto, e contará com a criação de duas obras de arte em edifícios no Centro de Manaus

Após o sucesso da primeira edição, realizada em 2023, o Circuito Urbano de Arte – CURA AMAZÔNIA está confirmado para acontecer, este ano, de 7 a 17 de agosto, em Manaus. Para 2024, a curadoria de um dos maiores festivais de arte pública da América Latina – formada por Janaína Macruz, Juliana Flores e Priscila Amoni – convocou dois novos artistas para criarem suas obras de arte, em empenas (as paredes laterais de um edifício) localizadas na região central da capital do Amazonas.

Serão 11 dias de uma experiência transformadora na qual o CURA AMAZÔNIA convoca a cidade de Manaus a viver, enquanto testemunha, a transformação da paisagem. O evento é uma atividade contínua e permanente como o curso de um rio. Cada edição é um novo plantio, um convite para o encontro que prossegue o reflorestamento de ideias e imaginários por meio da arte pública.

De acordo com a curadoria do evento, uma das principais metas do CURA AMAZÔNIA é construir a maior coleção de arte mural indígena do Brasil, e a única composta somente de indígenas amazônicos, buscando fomentar e dar maior visibilidade aos talentos da Amazônia.

Foto: Nathalie Brasil/Divulgação

Primeira edição

Em sua estreia na cidade, em 2023, o CURA AMAZÔNIA pediu licença para entrar no território histórico do Largo São Sebastião, complexo arquitetônico que abriga o patrimônio brasileiro. Lá, semeou pensamentos e imagens germinantes com saberes dos povos indígenas da Amazônia.

Aliando-se à cena local de arte urbana, o CURA, também em 2023, transformou duas empenas em murais de arte, com obras dos artistas indígenas: Denilson Baniwa, nascido em Barcelos (AM), e Olinda Silvano, do Peru. Trouxe ainda as “Entidades”, uma instalação do roraimense Jaider Esbell. Com eles, saberes e mistérios habitaram o Largo São Sebastião.

Foto: Nathalie Brasil/Divulgação

De acordo com a organização do CURA, ao longo dos dez dias de programação, em 2023, foram 790 metros quadrados de área pintada, e impactou 10 mil pessoas por meio da promoção de arte e cultura. Ainda de acordo com a organização do festival, 40 pessoas foram contratadas de forma direta (produção, comunicação e pintura), sendo 75% profissionais de Manaus e os demais de Belo Horizonte (local de criação do CURA) e outras regiões.

Durante os três dias de programação paralela, foram realizadas 15 horas de atividades, com oito atrações musicais locais, 15 expositores criativos, três rodas de conversa com 14 convidados – dentre pesquisadores, artistas, ativistas, representantes do poder público e de festivais de arte urbana – impactando mais de 1.500 pessoas de forma direta.

Foto: Nathalie Brasil/Divulgação

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