Tuane Silva; 07/07/2022 às 13:00

Amstel, Observatório da Discriminação Racial no Futebol e Ford promovem campanhas contra o racismo no futebol

Campanhas foram veiculadas nos painéis de publicidade nos campos e por meio de nota no Instagram

Diante dos diversos casos de discriminação racial reportados em jogos de futebol, principalmente pela Copa Libertadores da América, marcas e empresas se mobilizaram por meio de campanhas para repudiar os atos e falas racistas. 

Amstel se uniu ao Observatório da Discriminação Racial no Futebol na campanha “Barulho contra o racismo” com o objetivo de convocar torcedores, formadores de opinião, jogadores, ex-atletas e influenciadores digitais a se manifestarem contra o racismo nos estádios. Iniciada ao fim de junho, a ação foi veiculada nos painéis de publicidade nos campos, anúncios geolocalizados e em nota nas redes sociais. 

Foto: Reprodução/Observatório da Discriminação Racial no Futebol

Vanessa Brandão, diretora de marketing das marcas mainstream do Grupo Heineken no Brasil, disse ao site Observatório da Discriminação Racial no Futebol que “Há anos, a Amstel busca promover discussões relevantes que possam contribuir para a sociedade por meio de suas iniciativas, e dentro do nosso patrocínio à Libertadores não é diferente. Nos unimos ao Observatório da Discriminação Racial no Futebol com o intuito de criar cada vez mais diálogo sobre esse tema e apoiar esta organização que compartilha de nossos valores e trabalha na construção de um futebol mais inclusivo e respeitoso.”

Já a Ford promove a campanha “Sim ao esporte. Não ao racismo” e apoia a ação de Amstel e Observatório da Discriminação Racial. Num post em seu perfil oficial no Instagram, a empresa se posicionou e reforçou seu apoio a luta antirracista: 

“A Ford repudia e lamenta toda e qualquer manifestação de racismo, a exemplo dos acontecimentos recentes durante os jogos da CONMEBOL Libertadores. Nós celebramos e incentivamos o esporte como uma importante ferramenta para todos que acreditam na superação de limites.”

 
 
 
 
 
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Por meio do site Reclame Aqui, um torcedor questionou “até quando os patrocinadores, em específico a Ford, vão se silenciar com relação aos casos de racismo na Libertadores”. A montadora respondeu:

“É papel de todos nós nos posicionarmos contra manifestações de racismo, e é por isso que estamos substituindo todas as nossas ações promocionais de produto relacionadas à Libertadores pela campanha ‘Sim ao Esporte. Não ao Racismo’.”

Agora é lei

Segundo o Observatório da Discriminação Racial no Futebol, a Câmara dos Deputados aprovou na noite desta quarta-feira, 6, o projeto da Lei Geral do Esporte, que reformula direitos e deveres de atletas, clubes e torcedores. Um dos destaques do texto é o aumento da punição para crimes de torcida. Os que são ligados a casos de racismo ou cometido contra as mulheres terão pena dobrada. O projeto também prevê a aplicação da pena de reclusão de um a dois anos e multa para o torcedor que participar de brigas de torcidas.

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