Isabella Botelho; 03/06/2022 às 09:30

Sarau Curupira debate direito à cidade, ativismo e arte no Dia do Meio Ambiente em Belém

O evento acontece no domingo, 5, durante a Semana do Meio Ambiente, em sete cidades da Amazônia

Com a proposta de misturar os debates sobre justiça ambiental, mudanças climáticas e direito à cidade com programações artísticas da cultura popular nortista, o Sarau Curupira em Belém acontece no domingo, 5, das 9h às 20h, na Casa Samaúma, com feirinha de curupiras, flash tattoo de urucum, cozinha das lendas e muitos sons da floresta urbana em alusão às celebrações do Dia do Meio Ambiente.

O Sarau Curupira acontece simultaneamente nas cidades de Belém (PA), Santarém (PA), Manaus (AM), Rio Branco (AC), Açailândia (MA), e nas cidades de Muaná e Salvaterra, na Ilha do Marajó (PA). Além das celebrações com atividades culturais, o evento também é espaço de reflexões sobre mudanças climáticas, justiça social, entre outras temáticas presentes no cotidiano amazônida, como a questão do direito à cidade, assunto destaque na roda de conversa e vivência socioambiental sobre direito à cidade, sustentabilidade e Amazônia com Myrian Cardoso, urbanista e professora da UFPA.

“É preciso se respeitar essas múltiplas cidades que existem nas cidades da Amazônia, e então pensar as cidades e os espaços para as populações indígenas, quilombolas, para as populações que vivem nas periferias, nas baixadas – dessa forma, garantindo essa relação do indivíduo com a natureza, e não separá-los”, afirma Myriam, que realiza este debate por meio de intervenções artísticas da música e da dança.

A programação ainda conta com feirinha de curupiras com empreendedores LGBTI+ e socioambientais, flash tattoo, tranças, venda de comidas e bebidas na cozinha das lendas, além de oficina de Lambe e os sons da floresta urbana com o grupo Pisada Cabocla e o rapper Moraes MV.

Para Matheus Botelho, coordenador geral da Na Cuia Produtora Cultural, umas das organizadoras do evento em Belém, é necessário olhar as lutas da Amazônia pelas lentes da interseccionalidade: “Nos unirmos por meio da cultura e do artivismo para preservar e defender os nossos territórios, discutir sobre nossas ações e questões, sem esquecer de que estamos juntes na mesma luta para combater a crise climática e preservar o que ainda temos de pé.” 

O evento é realizado pela Casa Samaúma, construída pela Negritar Filmes e Produções, Na Cuia Produtora Cultural e Coletivo Revoluta, com apoio das organizações Tapajós de Fato e Engajamundo. 

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