A YouGov, multinacional especializada em pesquisa de mercado on-line, fez um levantamento em que apresenta dados sobre os níveis de consumo presentes nas mais relevantes mídias.
O relatório traz um profundo mergulho nas diversas formas de consumo, como assistir, ouvir e ler, e também nos canais de mídias sociais, e mostra como a mudança na rotina alterada pela pandemia e as gerações mais jovens impulsionam a popularidade de alguns meios de comunicação.
“Diante do nosso relatório, conseguimos ter um panorama bem interessante sobre as gerações e os tipos de mídias que consomem, e como a pandemia conseguiu abrir espaços e oportunidades onde muitos desacreditavam. Claro que o mundo está evoluindo e muitas coisas vão se atualizando, e, por consequência, a população também vai tendo outros olhos para uma gama de mídias”, comenta David Eastman, diretor-geral e comercial da YouGov América Latina.
Veja os principais resultados:
Consumo de notícias
As mídias tradicionais, como TV, rádio e mídia impressa, começaram a experimentar um declínio consistente, por conta da mudança gradual para fontes de notícias digitais.
Tanto para os EUA como para a Grã-Bretanha, a televisão se manteve como a principal fonte de notícias, e foi entre 2019 e 2020 que boa parte das fontes de notícias digitais começaram a ganhar mais força, caindo para níveis pré-pandêmicos em 2021 – exceto os podcasts, que continuaram a crescer em popularidade.
Existem também as diferenças demográficas, que demonstram preferências para as principais fontes de notícias usadas em 2021. Nos EUA, a televisão é mais popular entre adultos com mais de 45 anos, juntamente com rádio e sites de notícias, enquanto para a geração Z, aqueles com 18 a 24 anos, e os millenials, com 25 a 34 anos, a mídia social é a principal fonte de notícias. Esta tendência também é retratada na Grã-Bretanha, onde a busca por notícias de mídias sociais atingiu 41% entre os respondentes de 18 a 24 anos, seguida pela televisão, com 33%.
Consumo de mídia permanece alto
Sites ou aplicativos estão entre a escolha de mídia dominante. Um total de 95% do público entrevistado em todo o mundo afirma ter visitado sites/aplicativos no ano passado, e uma proporção semelhante pretende usar sites/aplicativos nos próximos 12 meses.
Assistir televisão ao vivo está à frente do streaming de vídeo, com níveis equivalentes àqueles que interagem com as mídias sociais. Já assistir televisão não ao vivo está um pouco à frente dos serviços de streaming de vídeo, como Netflix e Amazon Prime, mas atrás de ouvir rádio.
No mundo, quatro em cada cinco pessoas ouvem rádio. Embora o consumo anual de podcasts ainda não tenha atingido os níveis de penetração de outras mídias, três em cada cinco consumidores globais afirmaram ter ouvido podcasts no ano passado, ou pretendem consumir esses conteúdos nos próximos 12 meses.
Os consumidores continuarão a pagar por assinaturas de vídeo sob demanda?
As restrições do covid deram um forte impulso aos serviços de vídeo sob demanda (VOD), como Amazon Prime, Disney+ e Netflix. Segundo mostram dados da YouGov, os consumidores demonstram uma adesão relativamente maior ao VOD do que a outros tipos de serviços de conteúdo pago – 36% atualmente assinam e pretendem continuar pagando por serviços VOD no próximo ano.
Além disso, 15% não pagam atualmente por serviços VOD e podem considerar a assinatura no próximo ano, representando uma clara oportunidade de crescimento de assinaturas.
Os podcasts estão atraindo mais ouvintes
Enquanto a forma tradicional de ouvir rádio está em declínio, os podcasts estão atraindo ouvintes e virando tendência de áudio em muitos mercados. Na Grã-Bretanha, houve um aumento de 27% em 2019 para 36% em 2021. Da mesma forma, o número de consumidores americanos que ouvem podcasts aumentou de 39% em 2019 para 47% em 2021.
Expectativa para 2023
Segundo os dados da YouGov, os principais impulsionadores do crescimento do consumo de mídia nos últimos 12 meses foram todos digitais. Os serviços de streaming sob demanda (vídeo/música) e as plataformas de mídia sociais devem continuar a manter os consumidores conectados e apresentar oportunidades de crescimento para empresas de mídia e anunciantes.
*O Mercadizar não se responsabiliza pelos comentários postados nas plataformas digitais. Qualquer comentário considerado ofensivo ou que falte com respeito a outras pessoas poderá ser retirado do ar sem prévio aviso.