Poliany Rodrigues; 29/01/2025 às 23:18

Documentário ‘Vidas Trans’ é lançado nesta quarta-feira (29) no Museu Amazônico

Obra do jornalista Paulo Roberto Olímpio apresenta as narrativas de seis pessoas transgêneras que vivem em Manaus

Foto: Divulgação

Com o objetivo de dar visibilidade à causa trans e contribuir para a quebra de tabus, o documentário “Vidas Trans: amores, dissabores, arte” foi lançado nesta quarta-feira (29), às 9h, no Museu Amazônico da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). A entrada é gratuita. A data do lançamento coincide com o Dia da Visibilidade Trans, um momento de reconhecimento das lutas e da resistência dessa comunidade por melhores condições de vida.

Dirigido pelo jornalista Paulo Roberto Olímpio, o documentário apresenta as histórias de seis pessoas transgêneras que vivem em Manaus. Elas compartilham suas vivências, desafios e conquistas na região amazônica. Segundo a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), pessoas trans são aquelas que não se identificam com o gênero que lhes foi atribuído ao nascer. 

Paulo Roberto Olímpio explica que a ideia de produzir a obra surgiu a partir de pesquisas e reflexões sobre a realidade da comunidade trans, muitas vezes invisibilizada e marginalizada. 

“Em pleno século 21, as violências contra pessoas trans e travestis continuam sendo uma realidade em nossa cidade. Por isso, este documentário busca acolher essas narrativas e dar protagonismo a esses cidadãos, contribuindo para o debate público por meio da arte”, destacou o diretor.

Um dos participantes do filme é Dayo Nascimento, homem trans, artista e fotógrafo. Inicialmente entrevistado, ele passou a integrar a equipe de comunicação do projeto e reforça a importância da iniciativa para a visibilidade da comunidade trans. 

“Acredito que fazer parte desse trabalho é uma forma de criar uma ponte de diálogo com a comunidade à qual pertenço e gerar um impacto transformador na sociedade”, pontuou.

Além de Dayo, a equipe conta com Andrew Mathews, formando em Pedagogia e responsável pelo suporte técnico e pedagógico do projeto, e Haroldo Glalk, ator e diretor artístico do documentário.

Sobre o projeto

A produção foi contemplada pelo Edital Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), na categoria Bolsa Cultural, e conta com o patrocínio do Governo Federal, Concultura e Prefeitura de Manaus, além do apoio da Ufam e do Museu Amazônico.

O documentário e todas as atividades do evento serão acessíveis a Pessoas com Deficiência (PcD) e pessoas com mobilidade reduzida. 

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