Entre os dias 25 e 30 de julho aconteceu, em Manaus, o festival Até o Tucupi. Realizado desde 2007, o evento se propõe a reunir e valorizar artistas da cena nortista, pautando-se em valores bem definidos, como a luta antirracista, a visibilidade LGBTQIA+, a igualdade de gênero e a descentralização da produção artística. A equipe do Mercadizar esteve presente e compartilhou em tempo real debates e shows por meio dos stories no Instagram. Agora, dividimos destaques e reflexões sobre os conteúdos que acompanhamos.
O primeiro dia de evento, em 25 de julho, foi realizado num lugar marcante e significativo: a escadaria do Teatro Amazonas. Lá, foram realizados o projeto integrado ‘Preciso falar!’, pela artista Danielly Lima, e a roda de conversa ‘Mulheres negras movem o Amazonas’, com a participação de Karla Cristina da Silva Souza, promotora de justiça, Michelle Andrews, produtora cultural, Marklize Siqueira, assistente social, e Alessandrine Silva, advogada, mediadas por Luciana Santos, também advogada.
“O que se ouvia de cultura, de avanço e até mesmo de movimento social era Sul e Sudeste. Ainda tinha uma disputa pela questão do custo amazônico, do território onde a gente está”, destacou Michelle Andrews.
Com realização do coletivo Proteja, no dia 26 de julho aconteceu no Centro de Medicina Indígena o painel ‘Diante do fim do mundo: culturas, ciências e emergências climáticas’. Mediadas por Samela Sateré Mawé, ativista indígena e representante da Associação das Mulheres Indígenas Sateré Mawé, da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e da Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (ANMIGA), Carla Fernandes, indígena do povo Desana e coordenadora do Centro de Medicina Indígena, Marklize Siqueira e Vanda Witoto, indígena do povo Witoto, debateram sobre as mudanças climáticas e a importância do conhecimento indígena.
“Precisamos acessar essas bolhas, sobretudo esses espaços políticos onde nós temos a possibilidade de efetivação de políticas públicas”, afirma Vanda Witoto.
Já no dia 27 de julho aconteceu o projeto integrado ‘Batalha Lado Norte’, realizado pelo coletivo Lado Norte, com batalha de rimas e pocket shows de artistas da zona norte da capital amazonense.
No dia seguinte, 28 de julho, a programação se iniciou com o projeto integrado ‘SusPenso’, realizado pelo artista Odacy Oliveira, e seguiu com o também projeto integrado ‘Bumba meu vogue’, realizado pela Casa Matagal.
Durante a tarde do dia 29 de julho, no Palacete Provincial, Fernanda Martucci apresentou o painel ‘Agência Leg’s Gig: Booking e agenciamento artístico’. Também no Palacete foi realizado o projeto integrado ‘Ruas, becos e vielas’, pela Contem Dança Cia.
No mesmo dia, aconteceu a primeira noite de mostra musical, com Jaime Diakara, Jacintas, Lua Negra, Gabi Farias e Nic Dias, além do projeto integrado ‘Toca do rato’, realizado pela Cececompany.
O último dia de Até o Tucupi 2022 começou com atendimento da Agência Let’s Gig, com a presença de Fernanda Martucci e Ricardo Rodrigues, que ofereceram consultorias individuais aos participantes da oficina ‘Gestão de Carreira – Juntando as Peças’, com ideias de como ampliar as possibilidades do modelo de negócio de cada um.
O encontro ‘A Amazônia e os Festivais de Música’, mediado por Elisa Maia, juntou coordenadores e representantes de diferentes festivais: Jeft Dias e Gerson Dias, do Festival Psica, Ricardo Rodrigues, do Festival Contato, Sara Loiola, vice-presidente da Abrafin e Festival Internacional de Mulheres Negras, Patrícia Borges, do Festival Kariwa Bacana, Sissy Mendes, da Feira de Alternativas Urbanas e Ravi Veiga, da Miga, Sua Louca! Cultura e Diversidade.
A segunda noite de shows contou com performances de Um Trevo, Mady e seus namorados, Lary Go & Estrela, Kurt Sutil, Dan Stump, Anna Suav e Jup do Bairro.
O evento só terminou na festa Banana Frita, com apresentações da DJ paulistana Badsista, Koka b2b Guilllerrrmo, Llluaninha, Funkadona, Walfatal, Shaisson e Dreko.
Você também pode conferir um resumo completo em vídeo no perfil do Mercadizar no Instagram.
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