Somos seres únicos e individuais, assim como todos os nossos pensamentos, emoções, sentimentos e comportamentos. Tudo isso faz parte da vida afetiva humana e é o que nos conecta genuinamente a cada uma de nossas experiências, sabemos que a vida é o ciclo dessas experiências até chegarmos ao fim e nos depararmos com a morte.
Com a pandemia e o cenário mundial atual, é cada vez mais urgente a necessidade de lidarmos com as experiências dolorosas do luto. É crescente o número de mortes pela COVID, basta assistirmos aos noticiários, acompanharmos as redes sociais e conversarmos com amigos e familiares para percebermos a fragilidade da vida humana. A ideia de que subitamente podemos perder essas experiências saem da mente inconsciente e vem à tona a mente consciente de uma forma mais constante e palpável.
E como lidar com o medo de perder alguém querido ou o medo de morrer?
Não existe uma fórmula, um método, uma receita de bolo que responda esse questionamento, entretanto, estudos feitos por Kluber-Ross concluíram que esse processo passa pelas seguintes fases: a negação e isolamento, a raiva, a barganha, a tristeza e a aceitação. É importante perceber que estas fases não seguem uma sequência e algumas pessoas podem passar pelo luto sem que percebam ou notem cada uma delas. É fundamental para o enfrentamento do luto e para a saúde emocional, que as pessoas consigam reconhecer e passar por todas essas fases para elaborar o luto de uma forma emocionalmente mais saudável.
Lidar com a perda de alguém também é uma experiência única e individual, cada pessoa que passa ou passará pelo luto vai vivenciar um processo onde é necessário aceitar o fim, aceitar a dor e o medo das mudanças. Aprender a criar um diálogo gentil e honesto com as emoções, os sentimentos, os pensamentos que temos internamente é um excelente exercício para conviver melhor com mais aceitação aos momentos dolorosos.
Referências Teóricas
ROSS, Elisabeth Kübler. Sobre a Morte e o Morrer. Editora Martins Fontes. São Paulo 1996.
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