Em protesto virtual, o Greenpeace Brasil criou uma cédula simbólica de R$ 2,3 milhões, número que equivale à quantidade de hectares queimados no Pantanal até o momento, para representar o “real valor do descaso com o meio ambiente”. O animal escolhido foi uma onça-pintada que teve as patas atingidas por queimaduras de segundo grau em um dos focos de incêndio. Ela foi resgatada do Pantanal, no Parque Estadual Encontro das Águas e encaminhada para a ONG Nex No Extinction, em Corumbá, Goiás.
De um lado, a cédula desenvolvida pela Gut apresenta a efígie da República chamuscada pela fuligem da queimada no entorno da máscara, em referência aos tempos de Covid-19. Já do outro, mostra a onça-pintada caída e o retrato da queimada em árvores e nas matas. “As notas do Real trazem sempre uma espécie brasileira ameaçada de extinção e desta vez fizemos referência a um ecossistema inteiro que está em risco. Criamos a hashtag #NotadoPantanal para envolver a população nesta causa e engajar as conversas nas redes”, afirma Bruno Brux, diretor executivo de criação da Gut, em nota divulgada pelo Meio & Mensagem.
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Panorama das queimadas no Pantanal
O Pantanal ultrapassou a marca de 16 mil focos de incêndio em 2020, o maior número de queimadas desde 1998, quando o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) começou a registrar os dados. Até ontem, data da última atualização, o bioma somava 16.119 focos de incêndio.
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