A Petrobras anunciou, na última quinta-feira (7), os vencedores da Seleção Petrobras de Jornalismo. Ao todo, 15 propostas foram contempladas em todo o Brasil, com bolsas individuais de R$ 20 mil para a produção das reportagens.
Na Região Norte, três propostas se destacaram, vindas do Amazonas e do Pará, abordando temas como medicina indígena, saúde mental de pessoas trans e acidentes de escalpelamento em comunidades ribeirinhas.
Reportagens vencedoras na Região Norte

Na categoria Áudio, o jornalista Mauricio Max da Silva Castelo Branco, do Amazonas, produziu para a Rádio BandNews Difusora a série “Medicina indígena: diálogos da ciência e conhecimentos tradicionais”, abordando os avanços e desafios para o reconhecimento científico da medicina indígena.
Na categoria Texto, Luciana de Araújo Nascimento, do Pará, realizou para o Grupo Correio de Comunicação (Correio de Carajás) a série “Viver é Resistir: A Saúde Mental de Pessoas Trans na Amazônia”, mostrando como o preconceito impacta a saúde mental da população trans em Marabá.
Já na categoria Vídeo, Luana Tereza Coelho de Oliveira, para o Estado do Pará Online, foi responsável pela reportagem “Ciência que protege: conheça iniciativas de educação e tecnologias para evitar vítimas de escalpelamento na Amazônia paraense”, sobre ações que buscam reduzir acidentes com motores de embarcações — um problema que afeta principalmente mulheres e crianças ribeirinhas.
Critérios e relevância do prêmio
Com investimento total de R$ 300 mil, esta é a maior premiação em bolsas de reportagem do país. O edital, lançado em abril, recebeu 184 inscrições de todas as regiões do Brasil.
Segundo Paula Almada, gerente de Imprensa da Petrobras, a seleção valoriza não apenas os temas de ciência e diversidade, mas também os profissionais que pertencem a grupos sub-representados:
“Todos os jornalistas selecionados se declararam como pertencentes a grupos sub-representados, o que faz com que esses grupos sejam não apenas protagonistas, mas também autores dessas histórias”, destacou.
A avaliação das propostas levou em conta critérios como aderência ao tema, interesse jornalístico, relevância para a sociedade, detalhamento e viabilidade do plano de reportagem.
A iniciativa busca incentivar a produção de conteúdos sobre produção científica feita por grupos sub-representados e pesquisas que abordem diversidade e inclusão. Cada região do país recebeu três bolsas — uma para cada categoria: áudio, texto e vídeo.
O projeto conta com o apoio da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). A lista completa dos vencedores pode ser conferida no site oficial.

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